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I SÉRIE — NÚMERO 38

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Legislatura, temos um aumento de 589 000 consultas nos cuidados de saúde primários, temos mais 204 000

consultas hospitalares, mais 22 000 cirurgias e mais 232 000 acolhimentos nas urgências.

Isto significa que, embora tenhamos de continuar, estamos hoje melhor do que estávamos há quatro anos.

O Sr. António Costa Silva (PSD): — Não estamos, não!

O Sr. Primeiro-Ministro: — E a diferença é que, há quatro anos, V. Ex.ª aplaudia a situação em que estava

e agora, este ano, não tem a humildade de reconhecer que, estando melhor,…

Vozes do PSD: — Não estamos melhor!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … o que temos de fazer é prosseguir a política que temos seguido e continuar

a melhorar.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

Ora, o que queremos não é andar para trás, para os níveis de produção que VV. Ex.as tinham, mas continuar

a melhorar, como fizemos em 2016, 2017 e 2018, e faremos, seguramente, também este ano.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

O Sr. Paulo Neves (PSD): — É só fantasia!

O Sr. Presidente: — Tem, ainda, a palavra o Sr. Deputado Fernando Negrão.

O Sr. FernandoNegrão (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o relatório de auditoria do Tribunal

de Contas às dívidas dos fornecedores é suficientemente claro. Por mais que invoque esse número de consultas

e essas percentagens, o Tribunal de Contas é muito claro naquilo que refere.

Sr. Primeiro-Ministro, vamos à dívida total do Serviço Nacional de Saúde. Em 2011, quando terminou o

Governo de que V. Ex.ª foi o número dois durante muito tempo, a dívida era de 3,2 mil milhões de euros; em

2015, em Portugal, durante o período da troica, e até ao fim dessa Legislatura, a dívida foi reduzida para 1,4 mil

milhões de euros — com a troica em Portugal, Sr. Primeiro-Ministro;…

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — E sem dinheiro!

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — … em 2018, já vamos em 1,9 mil milhões de euros, o que quer dizer que

estamos a entrar novamente numa curva ascendente relativamente à dívida total do Serviço Nacional de Saúde.

Sr. Primeiro-Ministro, a ideia é deixar a saúde dos portugueses ao deus-dará?!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Fernando Negrão, faço duas pequenas precisões.

A primeira é a de que a dívida não é ausência de despesa, é ausência de pagamento da despesa feita.

Protestos do PSD.