O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

23 DE FEVEREIRO DE 2019

27

O Sr. Ministro da Educação: — Pronto, o «decapitar» do corpo de assistentes operacionais.

O Sr. João Oliveira (PCP): — «Esventrar»!

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — «Mutilar»!

O Sr. Ministro da Educação: — Sim, foi isso que fizeram! Quando retiraram 4000 assistentes operacionais

às nossas escolas, o que fizeram foi menorizar, mermar um grupo profissional tão importante para as nossas

escolas.

Aplausos do PS.

Todos se recordam que, quando aqui chegámos, os números da portaria de rácios eram insuficientes. O que

é que nós fizemos? Fizemos cumprir a portaria de rácios, e é preciso dizê-lo sempre. A Sr.ª Deputada Joana

Mortágua também perguntou se, de certa forma, estes trabalhadores vêm aumentar a portaria de rácios. Todos

temos de nos lembrar que a portaria de rácios é o número mínimo de assistentes operacionais que existem

numa escola.

Logo aí, continuámos a trabalhar e, nesse trabalho para aumentar a segurança nas nossas escolas, para

adequar os critérios de afetação de pessoal e para assegurar as condições de acompanhamento, que são

majoradas a 50%, pudemos tomar as nossas prioridades. Fizemo-lo principalmente trabalhando para as crianças

e os jovens com necessidades educativas especiais, e, por outro lado, fazendo com que haja agora, nas salas

do pré-escolar das nossas escolas públicas, um assistente operacional por cada sala, em vez de um assistente

operacional para cada 40 crianças. Esse foi o trabalho de revisão da portaria de rácios que agora cumprimos.

O que é que estamos a fazer? Temos novos 1000 contratados com vínculo sem termo. São vinculados à

Administração Pública, são completamente desprecarizados, não são tarefeiros, não têm contratos a termo.

Obviamente, isto vem resolver também as vicissitudes que têm muitas das nossas escolas, para efetivamente

darmos resposta a algumas das questões, nomeadamente às que dizem respeito às baixas médicas. Por isso,

vamos distribuir estes funcionários também pelas escolas onde a sua colocação é mais premente.

Hoje, o PPD/PSD e o CDS-PP disseram que o investimento nas nossas escolas era complexo, trouxeram

um conjunto de números e mostraram aquilo que bem sabemos. Sabemos bem que o panorama que

encontrámos…

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — É baixo, não é complexo!

O Sr. Ministro da Educação: — Sim, é um conjunto de números complexos…

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — São baixos, não são complexos!

O Sr. Ministro da Educação: — … e aqueles que sabem de matemática, sendo pitagóricos ou não, sabem

que os números podem ser reais, podem ser imaginários, podem ser complexos, podem ser surreais ou podem

ser hipercomplexos.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — O Sr. Ministro é que tem algum complexo!

O Sr. Ministro da Educação: — Não é preciso saber muito de matemática para que, efetivamente, possamos

trazer números reais.

Protestos de Deputados do PSD e do CDS-PP.