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5 DE ABRIL DE 2019

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O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Deputada, vou dar-lhe dois números.

Primeiro número: as receitas para a segurança social, só neste mês de janeiro, subiram 7%, muito acima do

crescimento da economia. Fruto de quê? Do crescimento do emprego e do crescimento do salário.

Quando diz que os portugueses têm de trabalhar mais cinco dias, digo que não. Posso mesmo dizer-lhe o

seguinte: os 350 000 trabalhadores que, hoje, estão a trabalhar, e que antes estavam no desemprego ou eram

inativos, não trabalham mais cinco dias, trabalham mais 91 milhões de dias! É isso que estamos a ter na nossa

economia, precisamente, mais 91 milhões de dias a trabalhar!

Aplausos do PS.

Isto corresponde às pessoas que, estando no desemprego, passaram a trabalhar.

É isso que, felizmente, tem aumentado a receita.

Como, para a Sr.ª Deputada, o combate ao desemprego nunca foi uma prioridade…

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … nem é uma prioridade, porque a sua prioridade é a tributação das pessoas

de mais altos rendimentos, é-lhe indiferente este resultado da política económica.

Protestos do Deputado do CDS-PP Nuno Magalhães.

Mas há uma coisa que lhe garanto: cada uma destas 350 000 pessoas, que hoje tem emprego e que antes

estava no desemprego, prefere pagar para a segurança social — garanto-lhe! —, ter um emprego, ter esperança

no seu futuro, ter rendimentos para sustentar a sua família, para educar os seus filhos, ao invés de estar no

desemprego e não estar a pagar contribuições para a segurança social.

Vá perguntar-lhes se preferem não pagar a contribuição para a segurança social ou ter emprego. Garanto-

lhe que lhe dizem que querem ter emprego, querem trabalhar, querem realizar-se e querem dar sustento à sua

família.

Isto é o resultado e é isto que explica o aumento da carga fiscal, Sr.ª Deputada.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.

Faça favor, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, concluo várias coisas.

Primeira conclusão: finalmente admite que houve um aumento da carga fiscal. Embora diga que é virtuoso,

volto a dizer que é bom perceber que estamos a falar de uma relação e de um percentual, o que significa que

sim, hoje, todo o País paga mais impostos, tem mais carga fiscal…

A Sr.ª Marisabel Moutela (PS): — Mais do mesmo! Valha-nos Deus!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — … do que tinha anteriormente e, sim, tem de trabalhar mais para

pagar esses impostos.

A segunda coisa que concluímos é que o Sr. Primeiro-Ministro não afirma se vai ou não aumentar impostos

e, portanto, ficamos a saber que essa hipótese está na sua cabeça.

A terceira coisa que lhe queria dizer, de forma muito clara, Sr. Primeiro-Ministro, é que, sim, a minha

preocupação foi baixar o desemprego…

Risos do Primeiro-Ministro.

… e limpar a bancarrota socialista que o seu antecessor deixou neste País.