5 DE ABRIL DE 2019
29
O Sr. NunoMagalhães (CDS-PP): — É uma vergonha!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Relativamente ao Brexit, foram adotadas todas as medidas de contingência. A
nossa prioridade é a de que seja possível concluir em tempo útil um acordo, mas estão a ser adotadas medidas,
quer quanto aos serviços consulares, quer para garantir, em condições de reciprocidade, os direitos dos
cidadãos britânicos em Portugal e dos cidadãos portugueses no Reino Unido.
Relativamente ao Serviço Nacional de Saúde, prosseguimos a recuperação do estado de depauperação em
que o Serviço Nacional de Saúde foi deixado no final da Legislatura anterior: já reinvestimos os 1300 milhões
de euros que tinham sido cortados com o seu apoio, já contratámos mais 9000 profissionais relativamente aos
que existiam no início desta Legislatura e temos bem consciência de que, infelizmente, ainda há muito por fazer,
porque o estado de depauperação era tão grande que temos de continuar a fazer cada vez mais e cada vez
melhor.
A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP): — Foi a bancarrota socialista!
O Sr. Primeiro-Ministro: — É por isso que, apesar de já termos conseguido reduzir, de 14% para 7%, o
número de portugueses sem médico de família,…
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Fizeram muito pouco!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … temos de continuar a trabalhar para chegar ao nosso objetivo, que é o de
garantir a todos os portugueses o seu médico de família.
O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem de concluir.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Vou terminar, Sr. Presidente.
Por isso, o concurso irá ser aberto para todos aqueles que queiram concorrer, para podermos assegurar,
como nos comprometemos, que todos os portugueses terão acesso ao seu médico de família.
Aplausos do PS.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, peço desculpa, permite-me o uso da palavra?
O Sr. Presidente: — Pede a palavra para que efeito, Sr. Deputado Nuno Magalhães?
O Sr. NunoMagalhães (CDS-PP): — É para uma interpelação à Mesa sobre a condução dos trabalhos, Sr.
Presidente.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado.
O Sr. NunoMagalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, houve uma novidade introduzida por V. Ex.ª, já no final
da Legislatura, na condução dos trabalhos, que foi a de entender que o Sr. Primeiro-Ministro fala quando, se e
como bem lhe apetecer perante a Assembleia da República, enquanto tiver tempo.
Sr. Presidente, gostaria de lhe perguntar se estamos perante uma nova interpretação do Regimento da
Assembleia da República para o futuro, e ficaremos dependentes do maior ou menor sentido de humor, da maior
ou menor vontade, do maior ou menor amuo do Sr. Primeiro-Ministro António Costa, ou se V. Ex.ª vai começar
a presidir de forma igual para todos.
Aplausos do CDS-PP.