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I SÉRIE — NÚMERO 71

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um critério claro, uniforme — já não digo para os Governos anteriores, porque esses já lá vão! —, mas para o

atual Governo e para futuros Governos. Acho que todos ficaríamos a ganhar com isso.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra o Sr. Deputado Fernando Negrão.

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, se eu fosse espectador deste

debate, depois de o ouvir, perguntaria porque é que o Sr. Primeiro-Ministro fugiu a responder à pergunta que

lhe coloquei. O Sr. Primeiro-Ministro fugiu à pergunta!

Aplausos do PSD.

O Sr. Primeiro-Ministro, em relação a esta pergunta que interessa, obviamente, a todos os portugueses,

divagou sobre normas de natureza ética e não deu uma única resposta, e é disso que os portugueses estão à

espera. Os portugueses estão à espera de uma resposta sua para justificar o ponto a que chegaram as

nomeações ligadas a relações familiares no âmbito do Governo e de altos cargos do Estado.

Protestos do PS.

Sr. Primeiro-Ministro, volto a fazer-lhe a pergunta: o que se passa no seu Governo, que não consegue nomear

pessoas qualificadas para exercer funções sem serem familiares de membros do Governo?

Aplausos do PSD.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Já chega! Ainda não perceberam?!

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, quem tem fugido é quem suscitou este debate.

É que o debate começou por ser levantado relativamente aos membros do Governo; depois, quando foram

devidamente esclarecidos…

O Sr. António Costa Silva (PSD): — Esclarecidos?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … de que não havia nenhuma alteração nas relações familiares desde a origem

deste Governo e que, portanto, o tema não tinha qualquer atualidade, e não tendo sido posta em causa nem a

qualidade política ou pessoal, nem o mérito próprio de qualquer um dos membros do Governo, então, passaram

a dizer: «Não, isto não tem a ver com o Governo! O que interessa, então, são os gabinetes!».

Muito bem, falemos, então, dos gabinetes.

No meio de uma dúzia de casos…

A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — Não é um nem dois, é logo uma dúzia!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … onde, efetivamente, há relações familiares tenho visto uma multidão de casos

que são falsos ou que não têm qualquer tipo de relação familiar.

Protestos do PSD.

Portanto, porque este é um tema sério, é um tema relevante que não deve ser tratado com chicana, acho

que devemos ter um critério definido claramente para este Governo, para qualquer Governo regional, para