5 DE ABRIL DE 2019
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Aplausos do PS.
Há quatro medidas apresentadas pelo conselheiro económico do PSD que merecem debate público.
O PSD faz este discurso sobre a política dos casos para não se debater politicamente o seu anteprograma
eleitoral.
O Sr. António Costa Silva (PSD): — Isso é mentira!
O Sr. João Paulo Correia (PS): — Primeiro, o PSD quer que as famílias que hoje não pagam IRS porque se
encontram abaixo do limiar de existência, paguem uma coleta mínima de IRS. O PSD é contra a baixa das
propinas para o ensino superior público, acha errado. O PSD achou errada a medida da redução das 40 para
as 35 horas de trabalho na Administração Pública.
Protestos do PSD.
E mais ainda, Sr. Primeiro-Ministro: o PSD acha errado este programa de apoio à resolução do tarifário nos
passes sociais.
O Sr. António Costa Silva (PSD): — É mentira!
O Sr. João Paulo Correia (PS): — Diz o conselheiro económico do PSD, que é a alma do programa eleitoral
do PSD, que esta medida não é uma causa do PSD. Com este programa eleitoral, o PSD diz ao que vem e,
como não quer debatê-lo publicamente, tem andado, nas últimas semanas, em cima da política dos casos e na
espuma dos dias.
Aplausos do PS.
Falemos do País e dos portugueses, Sr. Primeiro-Ministro.
Os números do INE (Instituto Nacional de Estatística) sobre a execução orçamental de 2018 mostram que o
País está no bom caminho e que os portugueses estão melhor.
O défice foi de 0,5% — um défice histórico, um défice alcançado sem deixar cair um compromisso eleitoral;
um défice alcançado sem deixar cair uma promessa eleitoral; um défice alcançado sem a subida de impostos,
que não aumentaram para que o Governo conseguisse atingir a meta de 0,5%; um défice alcançado por conta
da subida da receita fiscal e contributiva.
As receitas de IRS (imposto sobre o rendimento das pessoas singulares) subiram, apesar de as taxas de IRS
terem descido para todas as famílias. A receita de IRS sobe e foram criados mais de 320 000 postos de trabalho.
E porque o salário médio tem subido ano após ano, a receita de IVA tem subido — subiu novamente em
2018 —, ajudando a esta meta do défice, mas as taxas de IVA ou se mantêm inalteráveis ou até têm sido
reduzidas, como é o caso da restauração. A receita de IVA sobe, porque a atividade económica cresce ano após
ano.
A receita contributiva da segurança social subiu novamente. Em 2017, subiu 6,3% e, em 2018, subiu 7,6%,
mas as taxas contributivas mantêm-se inalteradas. Mas porque é que sobe a receita contributiva? Porque há
mais de 320 000 postos de trabalho e porque o salário médio tem subido. É a dinâmica do mercado de trabalho
a falar mais alto!
Aplausos do PS.
Este défice de 0,5% foi alcançado sem cortes na despesa corrente, sem cortes na despesa de pessoal, a
qual, pelo contrário, aumentou em 2018, fruto das medidas de valorização do trabalho na Administração Pública
por parte do Governo, como também aumentou a despesa com prestações sociais, fruto das medidas da política
social de solidariedade deste Governo.