18 DE ABRIL DE 2019
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alarmismo, porque, promovendo o alarmismo, promovemos uma corrida injustificada aos postos de
abastecimento, acelerando a pressão sobre a sua capacidade de assegurar o abastecimento normal.
Por isso, o que é necessário fazer é aquilo que o Governo tem feito: fixar serviços mínimos, requisição civil,
diálogo e assegurar os meios para que tudo o que é essencial se mantenha em funcionamento em Portugal.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, creio que há questões que têm
diretamente a ver com o Governo — e o debate de hoje é sobre segurança social. Julgo que uma das questões
que está em cima da mesa para reivindicação não pode sequer ser tratada entre as partes, porque tem a ver
com o regime de aposentação antecipada, pelo que lhe pergunto se, sobre isso, o Governo trabalhou, conversou,
sentou-se, preparou alguma coisa ou não.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Assunção Cristas, este é um conflito entre
entidades patronais privadas e os seus trabalhadores. Aquilo que deve haver é diálogo entre as partes. Até
ontem não havia; ontem, felizmente, houve. Esperemos que as partes tenham o bom senso de perceber o que
está em causa no País para os portugueses e que sejam capazes de defender os respetivos e legítimos direitos
num quadro legal de normalidade.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada Assunção Cristas, continua no uso da palavra. Faça favor.
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, registo com preocupação que o Sr. Primeiro-Ministro
não conhece todos os contornos do problema…
Protestos do PS.
…e que nem sabe que uma parte compete, também, ao seu Governo tratar.
Aplausos do CDS-PP.
Mas, Sr. Primeiro-Ministro, além das questões dos serviços mínimos e da requisição civil, há uma outra
questão que tem a ver com a atuação das forças de segurança e da garantia das forças de segurança de que
quem quer trabalhar pode trabalhar. O Sr. Primeiro-Ministro consegue garantir-nos que as forças atuaram no
sentido de permitir que quem queria trabalhar e carregar os camiões cisterna pôde fazê-lo?
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Assunção Cristas, tudo o que foi solicitado às
forças de segurança estas asseguraram, inclusive o que foi determinado pelo Governo no sentido de que as
próprias forças de segurança assegurassem o transporte que era necessário assegurar num quadro de
requisição civil que não estava a ser cumprida.