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I SÉRIE — NÚMERO 77

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O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, faça favor de continuar.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, guardo um pouco de serenidade para que o debate possa

decorrer com elevação própria.

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente: — Faça favor, Sr. Primeiro-Ministro. A serenidade vem a caminho.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Quem divide os portugueses é quem quer fazer um corte de gerações e quebrar

a solidariedade geracional. Quem chamou peste grisalha aos nossos idosos e aos nossos pensionistas é quem

quer criar o pânico e incutir a falta de confiança nos nossos jovens.

Aplausos do PS.

Quem une os portugueses é quem sabe que a nossa geração não tem o direito de escolher entre o presente

dos nossos pais e o futuro dos nossos filhos e tem de garantir um presente digno aos nossos pais e um futuro

de oportunidades aos nossos filhos. É para isso que nós trabalhamos e é assim que se constrói uma sociedade

decente, Sr. Deputado!

Aplausos do PS.

E é isso que nós fazemos, repondo aos pensionistas de hoje os direitos que têm e garantindo aos

pensionistas de amanhã os direitos que poderão exercer. É assim que se constrói uma sociedade decente e é

assim que faremos.

O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Primeiro-Ministro. Tem de concluir.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, esgotei o meu tempo. Terá, para a semana, a oportunidade de

debater o Programa de Estabilidade, mas registo a sua preocupação com o défice. Ainda bem que a tem, porque

ontem não a ouvi no debate que teve sobre a contagem de tempo do período em que os funcionários da

Administração Pública tiveram as suas carreiras congeladas.

Aplausos do PS.

O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: — Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Sr. Presidente, é para defesa da honra, não da bancada mas de mim próprio.

Protestos do PS.

O Sr. Presidente: — Fica para o final do debate, Sr. Deputado, tal como prevê o Regimento.

Para pedir esclarecimentos ao Sr. Primeiro-Ministro, tem agora a palavra a Sr.ª Deputada Catarina Martins.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, há uma preocupação clara com a

greve dos motoristas de transportes de mercadorias perigosas que se compreende. Registo, no entanto, com

alguma perplexidade, a preocupação da direita, porque não percebo muito bem se a direita está preocupada e

pede soluções, querendo isso dizer que acompanha as reivindicações destes trabalhadores, bem como a

exigência que fazem de aumento salarial — o que seria uma novidade —, se está preocupada e quer acabar

com o direito à greve — que seria grave —, ou se está preocupada porque quando privatizou a ANA-Aeroportos