18 DE ABRIL DE 2019
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Risos do PSD.
Eu não partilho da estratégia de dramatização dos problemas para fragilizar a confiança dos portugueses no
sistema público de segurança social para promover sistemas alternativos.
Aplausos do PS.
A primeira forma de dar sustentabilidade à segurança social é: emprego, emprego, emprego, e emprego de
melhor qualidade. Aquilo que confirmámos, ao longo dos últimos três anos, é que, ao contrário do que estava
previsto em 2015, a evolução do mercado de trabalho permitiu alargar em 11 anos uma segurança social sem
défices e aumentar em 19 anos o período em que não será necessário recorrer ao Fundo de Estabilização
Financeira.
Protestos da Deputada do PSD Sandra Pereira.
E, se assim continuarmos, continuaremos a ganhar aquilo que é necessário: sustentabilidade para a nossa
segurança social.
Em segundo lugar, ninguém pode ignorar o desafio demográfico, que se coloca não só do ponto de vista da
sustentabilidade da segurança social, mas mesmo do ponto de vista da existência do nosso País.
Por isso, a questão demográfica foi definida como prioridade, por exemplo, na moção que apresentei no
último Congresso do meu partido. Temos avançado nesse sentido, criando melhores condições para que as
jovens gerações possam ter condições para criar família, com uma nova geração de políticas de habitação, com
o combate à precariedade laboral, com o aumento da proteção social das crianças, com a melhoria do acesso
ao pré-escolar, com os manuais escolares gratuitos. Isto cria, objetivamente, melhores condições para que as
famílias possam ter mais filhos.
Em terceiro lugar, temos a inversão da política de migração. Nós não dizemos para irem lá fora procurar
emprego. Nós queremos atrair para Portugal mais e melhor emprego e queremos que regressem aqueles que
partiram.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD.
Sabemos também que é necessário atrair aqueles que, não sendo portugueses, podem vir contribuir para
satisfazer as necessidades do nosso mercado de trabalho.
O Sr. António Costa Silva (PSD): — Que país é esse?!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Em quarto lugar, temos de melhorar a produtividade das nossas empresas,
porque é necessário aumentar a riqueza em produtividade, na medida em que as contribuições meramente
assentes na massa salarial são insuficientes.
Em quinto lugar, adotámos medidas com vista a diversificar as fontes de financiamento, para não
dependerem exclusivamente da massa salarial e incluírem também o lucro das empresas ou, então, o património
dos portugueses.
É este o conjunto de medidas que temos adotado e que vamos continuar a adotar, para que todos os
portugueses tenham confiança, como devem e podem ter, no seu sistema de segurança social público e
universal e para que não tenham de cair na tentação desses «cantos de sereia» que a direita gosta sempre de
fazer para a privatização da segurança social. Não, esse não é o nosso caminho!
Aplausos do PS.