I SÉRIE — NÚMERO 99
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de qualificação e modernização do edificado e dos registos, para uma melhor gestão dos recursos humanos, e
fizemos uma revisão, esperada há décadas, do estatuto das carreiras, que concretizámos e cumprimos.
Era preciso reforçar o pessoal e reforçámos, em 2016, abrindo concursos para regularizar a situação de 120
adjuntos de conservador e de 35 assistentes técnicos.
O estatuto das carreiras, agora revisto, vai permitir, também, uma nova lógica no que diz respeito à estrutura
profissional.
Era preciso investir e investimos com intervenções e com obras que, entre 2018 e 2023, serão de 21 milhões
de euros, sendo abrangidas 100 instalações e mais de 1200 trabalhadores terão nos serviços dos registos
melhores condições de trabalho.
Ao nível da informática, foram substituídos muitos computadores — mais 1050 serão substituídos em 2019
—, recordando que, em 2018, mais de 1600 computadores vieram reforçar e renovar um parque informático que
era obsoleto, relembrando que coube a este Governo — e bem! — fazer esta renovação.
No que diz respeito às questões do cartão de cidadão, já 12 000 cidadãos, a partir de maio, beneficiaram de
um processo novo e simplificado e na Área Metropolitana de Lisboa serão criados 50 novos locais de
atendimento.
Sr.as e Srs. Deputados, é preciso fazer mais e melhor, mas não esquecemos que, com o Partido Socialista,
a reforma do Estado não significa redução de trabalhadores, como aconteceu com o Governo PSD/CDS.
Vozes do PS: — Exatamente!
A Sr.ª Susana Amador (PS): — Para nós, reforma do Estado é modernizar a Administração Pública, é abrir
lojas do cidadão, como fizemos, é expandir os Espaços Cidadão, como fizemos, é sermos melhores e mais
eficientes…
O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr.ª Deputada Susana Amador.
A Sr.ª Susana Amador (PS): — … a atender os nossos cidadãos, e temo-lo feito.
Não nos podemos esquecer que a segurança social foi castigada severamente pelo Governo anterior, não
nos podemos esquecer que a justiça foi severamente castigada, bem como a educação.
Reerguemos, reconstruímos e afirmamos um Portugal melhor, uma função pública melhor e mais qualificada.
É nisto em que divergimos, é isto que faz diferença entre a esquerda e a direita e, por isso, os portugueses
acreditaram em nós nas eleições europeias e irão também acreditar e confiar em nós nas próximas eleições
legislativas, por um Portugal melhor e maior com o Partido Socialista.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos passar à fase do encerramento do debate, pelo que tem, desde
já, a palavra o Sr. Deputado João Oliveira, do Grupo Parlamentar do PCP.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: O
objetivo desta interpelação do PCP era claro e cumpriu-se.
Quisemos dar voz aos utentes que todos os dias sofrem os prejuízos da falta de pessoal nos serviços públicos
e aos trabalhadores desses serviços que todos os dias são sobrecarregados com trabalho a mais. Confrontámos
o Governo com as medidas que é preciso tomar agora para resolver esse problema.
Há um Orçamento do Estado aprovado, com medidas concretas em várias áreas e com soluções para que o
problema seja ultrapassado. Há verbas e normas no Orçamento de Estado que apontam nesse sentido e não
há razão nenhuma para que o Governo ponha as metas do défice à frente das necessidades dos utentes e dos
serviços públicos. O que se exige ao Governo é que cumpra o que está decidido, que utilize o Orçamento do
Estado para contratar trabalhadores em vez de o utilizar para satisfazer a União Europeia, prejudicando os
direitos dos cidadãos.
Os direitos dos portugueses estão à frente das metas do défice e das imposições da União Europeia e exigem
serviços públicos com trabalhadores em número adequado e valorizados nas suas carreiras, salários e direitos.