I SÉRIE — NÚMERO 99
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No mesmo período de 15 anos, mais de 1000 crianças ficaram órfãs de mãe. É urgente que se olhe para
estas crianças enquanto vítimas do mesmo crime e, sobretudo, que a sociedade e as instâncias competentes
lhes assegurem a proteção e segurança devidas.
Há quase 20 anos legislou-se no sentido de garantir que este crime era um assunto de todos e de todas.
Passado todo este tempo há ainda tudo por fazer, tantas mulheres e tantas crianças para proteger.
Por cada mulher que morre às mãos da violência machista, por cada criança que é sujeita a esta violência
atroz, temos a responsabilidade máxima de denunciar e condenar, mas também, obrigatoriamente, de fazer
mais e melhor.
Assim, a Assembleia da República expressa o mais seu profundo pesar por todas as vítimas de femícidio e
restantes vítimas mortais de violência doméstica em 2019».
O Sr. Presidente: — Vamos votar o voto que acabou de ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Peço a palavra, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: — Faça favor, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, é só para anunciar que entregaremos uma declaração de
voto.
O Sr. Presidente: — Fica registado, Sr.ª Deputada.
Sr.as e Srs. Deputados, vamos votar o Voto n.º 849/XIII/4.ª (apresentado pelo Deputado não inscrito Paulo
Trigo Pereira e subscrito por Deputados do PS) — De pesar e condenação pelas mortes e violência no Sudão.
Para ler este voto, tem a palavra o Sr. Secretário António Carlos Monteiro.
O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«A ONU alertou esta semana para ‘sérios abusos’ do Conselho Militar do Sudão, no seguimento da
destituição do presidente Omar al-Bashir. A imprensa noticia mais de 100 mortos, 70 pessoas violadas e mais
de 500 feridas. Os relatos apontam para a violência exercida pelo exército e milícias, que incluem violações
individuais e coletivas de manifestantes, ativistas de direitos humanos e funcionários de hospitais em Cartum,
que tratavam os feridos.
Juntamos, por isso, a nossa voz à do Enviado Especial da ONU para Violência Sexual em Conflitos, Pramila
Patten, que exige ‘a cessação imediata e completa de toda a violência contra civis, incluindo a violência sexual’.
A Assembleia da República, reunida em Plenário, manifesta o seu pesar pelas vítimas e a firme condenação
relativamente a todos os tipos de violência exercidos sobre os civis do Sudão e apela ao diálogo pacífico entre
todas as forças envolvidas no conflito».
O Sr. Presidente: — Vamos votar o voto que acabou de ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Sr.as e Srs. Deputados, vamos guardar 1 minuto de silêncio relativamente a estes quatro votos.
A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.
Prosseguindo as nossas votações, passamos à votação do Voto n.º 846/XIII/4.ª (apresentado pelo CDS-PP)
— De condenação e solidariedade pelo recente ataque contra dois militares da Guarda Nacional Republicana.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.