I SÉRIE — NÚMERO 23
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O Sr. Moisés Ferreira (BE): — São duas propostas para atrair profissionais para o Serviço Nacional de Saúde, duas propostas para reforçar o Serviço Nacional de Saúde, duas propostas que os profissionais de
saúde exigem no Serviço Nacional de Saúde e duas propostas que a população apoia.
A questão é esta: nas votações de hoje, vai o Grupo Parlamentar do Partido Socialista apoiar estas
propostas, levantando-se a par do Bloco para fazer o Serviço Nacional de Saúde avançar, ou vai fazer como
ontem e levantar-se ao lado da direita para não permitir este avanço do Serviço Nacional de Saúde?
Aplausos do BE.
Protestos da Deputada do PS Joana Lima.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado André Ventura, do Chega.
O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, é curioso notar ao que se resumiu o debate parlamentar em matéria de saúde: a duas noivas desavindas. O PS diz que o Bloco se levanta ao lado da direita, o Bloco diz
que o PS se levanta ao lado da esquerda. O Bloco acusa o PS de estar com a direita, o PS acusa o Bloco de
estar com a direita. E não se entendem no essencial.
Mas houve um dado curioso, Sr.ª Deputada Paula Santos, que foi o de ter dito que foram os sucedâneos do
PSD e do CDS a descredibilizar, destruir e minar o Serviço Nacional de Saúde. Vou recordar-lhe, Sr.ª
Deputada, que não foi o Chega, nem o Iniciativa Liberal, nem o CDS, nem o PSD que aprovaram um
Orçamento que cativou 500 milhões de euros na saúde. Foi o Partido Comunista Português.
Não foi o Chega, nem o Iniciativa Liberal, nem o CDS, nem o PSD que aprovaram um Orçamento que
diminuiu em mais de 30% os cuidados de saúde primários em Portugal, foi o PCP.
Protestos da Deputada do PS Joana Lima e da Deputada do PCP Paula Santos.
Não foi o Chega, nem o Iniciativa Liberal, nem o PSD, nem o CDS que aprovaram Orçamentos que
levaram a que a dívida no Serviço Nacional de Saúde fosse maior do que nunca e que não se pagasse aos
fornecedores do setor privado.
Protestos da Deputada do PS Joana Lima.
Não foi o Chega que descredibilizou o Serviço Nacional de Saúde, foram os quatro Orçamentos que VV.
Ex.as aprovaram nesta Câmara e que levaram ao estado desgraçado da saúde que temos hoje.
Sr.ª Deputada, não fosse o PCP ter aprovado quatro Orçamentos do Partido Socialista e, se calhar, hoje
teríamos um País muito melhor para responder à crise da COVID-19.
Protestos da Deputada do PCP Paula Santos.
O Sr. António Filipe (PCP): — O Sr. Deputado já fala como o PSD! Já fala como a troica!
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Soares, do Grupo Parlamentar do PS, para uma intervenção.
Protestos dos Deputados do PCP António Filipe e Paula Santos.
Srs. Deputados, peço para se fazer algum silêncio, para o Sr. Deputado Luís Soares poder começar a sua
intervenção.
O Sr. Luís Soares (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, bem sabemos que nesta Câmara ainda há alguém à procura de outro alguém com quem namorar.