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11 DE DEZEMBRO DE 2020

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«antinatureza», «dedicar a energia ao acessório» ou «a ignorância da realidade». Os Srs. Deputados que

defendem que é mito urbano falarmos do declínio destas espécies são os mesmos que, se calhar, também

negam as alterações climáticas.

Sr.as e Srs. Deputados, temos hoje valores naturais que são absolutamente incontornáveis numa sociedade

civilizada. Podem empregar energia a defender o lobby da caça — que passa por uma diversão assente numa

crueldade —, aliás, se quiserem, podemos dedicar-nos a esse debate, mas aquilo de que estamos a falar é de

um declínio de determinadas espécies, que, inclusive, foi reconhecido em estudos científicos. A própria União

Europeia assim o reconhece!

Protestos do Deputado do PS Pedro do Carmo.

Já ouvimos os senhores, noutros debates, procurarem, reiteradamente, reduzir o mundo rural a uma atividade

cruenta. O mundo rural, felizmente, não se esgota nessa crueldade, nem se esgota numa atividade ambiental e

eticamente questionável. É muito mais do que isso!

Antes que os Srs. Deputados venham, mais uma vez, desvirtuar este debate…

O Sr. Pedro do Carmo (PS): — É moralismo!

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Não é uma questão de moralismo!

A Sr.ª Emília Cerqueira (PSD): — É, é!

O Sr. Pedro do Carmo (PS): — É, sim senhora!

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — É uma questão de sensibilidade e de não querermos condicionar a preservação das nossas espécies. No dia em que não houver coelho-bravo para caçar, no dia em que não

houver raposa para caçar, no dia em que não houver qualquer tipo de espécies, aí, Srs. Deputados, estaremos

perante uma inevitabilidade, que é a extinção das espécies.

Protestos do Deputado do PS Pedro do Carmo.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Concluo já, Sr. Presidente. Se os Srs. Deputados querem lavar as vossas mãos, quando estamos já a 10 anos do ponto de não retorno…

Se não conduzirmos políticas públicas de respeito pela natureza, isso, sim, é antiecossistema e antinatura.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Srs. Deputados, terminámos a discussão deste ponto da nossa ordem de trabalhos.

Vamos passar à apreciação do Projeto de Resolução n.º 429/XIV/1.ª (PEV) — Informação aos cidadãos sobre

as melhores práticas de utilização corrente de material de proteção individual, como máscaras, viseiras ou luvas,

e incentivo à opção por material reutilizável.

Para apresentar esta iniciativa, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Silva.

A Sr.ª Mariana Silva (PEV): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A pandemia COVID-19 veio impor um conjunto bastante alargado de restrições e de alterações àqueles que eram os hábitos diários da generalidade

das pessoas, com vista a prevenir, conter, mitigar e tratar esta doença.

O projeto de resolução que hoje discutimos, que é sobre a informação aos cidadãos relativamente às

melhores práticas de utilização dos materiais de proteção individual, apesar de ter sido trabalhado na primeira

fase da pandemia, em que lidávamos com o desconhecido e com as medidas de proteção que iam surgindo um

pouco incertas, tem hoje redobrada atualidade porque essas medidas de proteção individual foram sendo cada

vez mais ativas.