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I SÉRIE — NÚMERO 55

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depois de um esforço hercúleo para segurarem a economia e o emprego; sobre os mais desprotegidos, que

importa, como, aliás, temos feito, continuar a apoiar; sobre toda a saúde, e sim, Sr.ª Deputada Mariana Silva,

sobre a saúde mental, cujas verbas foram reforçadas neste Orçamento do Estado.

Esta é uma responsabilidade sem prazo de validade e que deve continuar após o início do desconfinamento

e até recuperarmos os rendimentos e os empregos.

Esta é uma responsabilidade solidária e que não esquece a grande lição desta pandemia: ao contrário do

que dizia Margaret Thatcher, vivemos, sim, em sociedade, os nossos atos refletem-se nos outros, os problemas

dos outros são os nossos problemas, e, por isso, as soluções para esta pandemia e para todos os problemas

precisam de ser mesmo soluções de todos e para todos.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para encerrar este ponto, tem a palavra a Sr.ª Ministra da Saúde, Marta Temido, que

aproveito para cumprimentar.

A Sr.ª Ministra da Saúde (Marta Temido): — Muito obrigada, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O primeiro aspeto que quero destacar é que foi o esforço brutal,

realizado por todos os portugueses, que permitiu que, neste período de estado de emergência, cujo relatório

hoje aqui apresentamos, se abrisse a perspetiva de se iniciar uma estratégia de desconfinamento.

Em relação ao período que hoje analisamos, vale a pena sublinhar que foi possível que o número acumulado

de casos confirmados da doença decrescesse; foi possível que o risco de transmissão da infeção se situasse,

no final do período, em 0,86; foi possível que o número de internamentos e casos recuperados tivesse uma

diminuição expressiva e que o número de recuperados aumentasse em 5%; e foi possível, também, que as

novas variantes confirmadas fossem sustidas e que a taxa de positividade regredisse para valores na ordem

dos 2,6%.

Mas, mais importante do que isso, foi o facto de, através destes resultados, que se devem a um esforço,

repito, de todas e todos os portugueses, ter sido possível abrir as portas a uma estratégia de desconfinamento

progressivo, que assentou na manutenção de um conjunto de medidas de saúde pública, e estamos hoje cientes

de que não poderemos abandoná-las, mas que é complementado por um conjunto expressivo de outros meios,

desde logo o recurso aos testes para deteção da SARS-CoV-2.

Não é verdade que Portugal esteja nos últimos lugares em relação ao número de testes/100 000 habitantes.

Não é verdade! Não é verdade!

Aplausos do PS.

Não é verdade! Os gráficos mostram-no bem.

A oradora exibiu um gráfico.

Como é que podemos pedir aos outros que confiem em nós se dizemos mentiras?! Não é verdade!

Aplausos do PS.

O Sr. André Ventura (CH): — Essa tem graça!

A Sr.ª Ministra da Saúde: — Portugal decresceu no número de testes de diagnóstico para SARS-CoV-2,

porque, tendencialmente, o número de testes acompanha a infeção.

Temos procurado inverter essa tendência com uma estratégia de rastreio e, para quem está distraído,

realizámos testes a todos os professores que têm regressado ao ensino.

E, Sr.as e Srs. Deputados, peço a vossa atenção, porque, penso, têm andado distraídos e, aliás, alguns até

perguntaram o que temos feito relativamente aos testes em comunidade escolar.