15 DE ABRIL DE 2021
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Fizemos mais: de acordo com uma diretiva da Direção-Geral da Saúde, alargámos os testes aos alunos e,
quando é identificado um caso suspeito, esses testes são feitos não só à comunidade escolar mas também aos
discentes.
Aplausos do PS.
Alargámos, inclusivamente, a proteção social a estas pessoas, indiretamente, na medida em que, ao serem
sujeitas a isolamento profilático, estão também protegidas. Não é isto proteção social? Não é isto que reclamam?
Não é isso que se pede? Penso que sim!
Aplausos do PS.
Esta é, Sr.as e Srs. Deputados, a melhor forma de proteger a economia. É garantir que as pessoas continuam
saudáveis e que podem regressar às suas vidas, porque, penso, é isso que todos querem.
Também sabemos que, hoje, beneficiamos no mercado de novas tipologias de testes e, por isso, abrimos o
mercado aos autotestes, mas abrimos, sobretudo, a nossa capacidade de vacinar em massa e de continuar a
aplicar uma ampla campanha de vacinação — bem mais de 2 milhões de pessoas já levaram a primeira
inoculação —, que temos de conseguir desenvolver e implementar sem que soframos, naturalmente, o impacto
de decisões que são técnicas e que são tomadas por agências europeias, nas quais confiamos e que
respeitamos.
Portanto, Sr.as e Srs. Deputados, o que quero sublinhar, hoje, é que é a ciência que continua a governar a
forma como lutamos contra esta pandemia e acreditamos que o falar verdade faz parte da ciência mais
elementar.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos entrar no segundo ponto da nossa ordem do dia, que consiste
no debate sobre o pedido de autorização de renovação do estado de emergência.
Para abrir o debate, tem a palavra a Sr.ª Deputada Susana Amador, do Grupo Parlamentar do PS.
A Sr.ª Susana Amador (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Todos
desejamos que esta seja a última renovação do estado de emergência, para que possamos recuperar a plenitude
do exercício dos nossos direitos e liberdades. Que Abril possa ter, efetivamente, aroma de Abril! Todos
aspiramos a um «Abril de sim», a um «Abril inteiro», a um «Abril em festa»!
Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou que a crise da COVID-19 é uma
pandemia. Treze meses depois, continuamos a lutar para vencer esse vírus e todas as suas múltiplas sequelas
físicas, psicológicas e sociais.
A crise pandémica trouxe consigo um tsunami de sofrimento, atingiu em particular os mais vulneráveis em
todas as geografias e aprofundou as desigualdades estruturais, tal como alerta o Global Risks Report 2020, do
Fórum Económico Mundial.
Assistimos a violações aos direitos humanos e a ameaças às liberdades e garantias na sequência do
crescendo de derivas populistas e autoritárias em diversas regiões. Os migrantes e refugiados têm sido, em
particular, as vítimas preferenciais dessas narrativas.
As pessoas e os seus direitos têm de constituir a prioridade absoluta neste tempo de pandemia, como disse
o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, não podendo ninguém ser deixado para trás.
É com esse imperativo em mente, Sr.as e Srs. Deputados, que, em Portugal, se tem vindo a reforçar o Estado
social. Sublinhe-se que nesta severa crise no nosso País este tem sido central na salvaguarda da coesão social,
tendo o SNS, a escola pública e a segurança social sido o cais de confiança e esperança de milhões de
portugueses. Nunca desistimos dos portugueses!
Desde que Portugal foi atingido pela COVID-19, em março do ano passado, o Governo já despendeu 3,4 mil
milhões de euros em apoios sociais, incluindo isenções e dispensas contributivas.