I SÉRIE — NÚMERO 81
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Aplausos do PS.
… são exatamente os mesmos que amanhã virão aqui exigir mais investimento público em obras e
aquisição de serviços, como forma de dinamizar a economia e as empresas privadas.
Os que hoje criticam a opção de orientar uma parte do PRR para melhorar e agilizar a máquina do Estado
são os mesmos que ontem diziam o contrário, hoje dizem o seu inverso e amanhã voltarão às críticas de
sempre.
Aplausos de Deputados do PS.
Os portugueses já se habituaram a ouvir a direita a dizer uma coisa quando está na oposição e a fazer
outra quando está no Governo. Os portugueses começam a habituar-se a ouvir o PSD dizer uma coisa aqui,
na Assembleia, e a desdizer-se no twitter do seu líder logo a seguir.
Vozes do PS: — Muito bem! Bem lembrado!
O Sr. Fernando Paulo Ferreira (PS): — Não contem com o PS para desinvestir no Estado social, não contem com o PS para desinvestir na economia, não contem com o PS para deixar de lutar pela recuperação
de Portugal em todos os seus domínios.
Aplausos do PS.
O primeiro PRR a ser aprovado na Europa foi o português, os avisos estão a sair e o Estado e as empresas
saberão tirar o melhor partido desta oportunidade única para transformar Portugal. Porque não haja dúvidas de
que o investimento no setor público e o investimento do setor público, através do PRR, são essenciais para
alavancar a economia no seu conjunto e a economia privada muito em particular.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Srs. Deputados, só está inscrito mais um Deputado e é do mesmo partido do orador que acabou de falar, que é o Deputado Fernando José. Pergunto se há mais algum partido
que ainda tenha tempo e queira inscrever-se, para haver alternância e não falarem dois Deputados
«Fernando» consecutivamente.
Não havendo outras inscrições, depois do Sr. Deputado Fernando Paulo, tem a palavra o Sr. Deputado
Fernando José, do PS.
O Sr. Fernando José (PS): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, Srs. Secretários de Estado, Srs. Deputados: Com base no diagnóstico de necessidades e dos desafios, o Plano de Recuperação e Resiliência foi
organizado em 20 Componentes, que integram, por sua vez, um total de 37 Reformas e de 83 Investimentos,
que vão além de 16 mil milhões de euros de financiamentos e em que à educação é atribuído um relevante
papel neste esforço conjunto que a todos nos convoca e no qual as autarquias serão parceiras fundamentais
no desenho e na execução das medidas e dos projetos que na próxima década requalificarão os nossos
concelhos para o futuro que está a chegar, cheio de oportunidades.
As medidas previstas no Plano de Recuperação e Resiliência para a educação refletem, assim, o
compromisso do País com os seus alunos, preparando-os o melhor possível para um mundo em rápida
mudança, em que o desenvolvimento de competências é o fator decisivo para o seu sucesso no mercado de
trabalho e enquanto cidadãos.
Para isso, serão investidos cerca de mil milhões de euros só nos domínios da educação, em cinco
vertentes estratégicas: para a recuperação e resiliência económica e social, com vista a aumentar as
competências digitais da população para responder à progressiva digitalização da sociedade, do emprego e da
economia; modernizar o ensino profissional e valorizar as ofertas de dupla certificação para criar 20 mil novas
vagas, por ano; alargar a Rede de Clubes Ciência Viva na Escola a toda a rede escolar; impulsionar a literacia