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I SÉRIE — NÚMERO 90

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O Governo tem de governar para todos os portugueses e não para os seus apoiantes de ocasião. Não falta

dinheiro para enterrar na TAP e no Novo Banco, mas falta dinheiro para apoiar as pequenas e médias empresas,

que são o grosso do nosso tecido empresarial.

Aplausos do PSD.

Para o Novo Banco, os portugueses já pagaram cerca de 8000 milhões de euros, tendo a auditoria do Tribunal

de Contas descoberto que, a estes, ainda podem somar-se mais 2000 milhões de euros. Para a TAP, já voaram

1,7 mil milhões e revelam-nos as notícias que o Governo ainda pretende lá despejar mais 2000 milhões de

euros, fora o pagamento dos permanentes prejuízos que, no futuro, tal como no passado, os portugueses irão

ter seguramente de suportar. Um novo sorvedouro do nosso dinheiro!

Mas também a EDP tem tratamento governativo especial. Enquanto o fisco não larga, impiedosamente, os

cidadãos e as nossas empresas, o Governo desdobra-se em justificações no sentido de apoiar a EDP na sua

criativa engenharia de fuga aos impostos.

Aplausos do PSD.

É muito estranho que seja o próprio Governo a fazer o papel de esforçado advogado de defesa da EDP,

descobrindo e agilizando uma descarada fuga ao fisco.

Só nestes três casos vão, para já, mais de 12 mil milhões de euros de impostos dos portugueses. Só para

estes três casos, que o Governo tanto acarinha, vai uma «bazuca» de dinheiro dos contribuintes, de todos nós!

Aplausos do PSD.

De todos nós, sem apoios de Bruxelas!

O valor de 1200 € é quanto, em média, cada português tem de pagar por força da política de um Governo

que tem vindo a reforçar paulatinamente uma das suas principais marcas identitárias, que é, precisamente, como

já aqui foi dito, a de ser fraco com os fortes e forte com os fracos.

Aplausos do PSD.

Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Podia o débil apoio governamental às empresas em tempo de

pandemia ser compensado por um maior esforço em sede do Plano de Recuperação e Resiliência, mas a

verdade é que, também aí, o Governo, apesar de toda a sua retórica, como aqui ouvimos, vira as costas ao

nosso tecido empresarial e privilegia os gastos públicos, que, por norma, têm um reconhecimento mais imediato

por parte do eleitor.

Aplausos do PSD.

No Banco de Fomento, que deveria ter um papel fundamental no relançamento da economia e que se

converteu numa novela negra, o Governo deixa também a sua tradicional marca de clientelismo,…

Aplausos do PSD.

… com a tentativa de nomeação para seu presidente de alguém ligado aos piores tempos da história da

Caixa Geral de Depósitos, do BCP e do Novo Banco. Tempos que, infelizmente, a atual governação nos tem

feito recordar com preocupante frequência, Sr. Primeiro-Ministro.

Mas a esta subserviência aos mais fortes e ao clubismo militante, temos de acrescentar o facilitismo, como

característica marcante da política socialista.

O facilitismo é presença notória no atual estado da Nação, pela mão de um Governo que não só tem pavor

de reformar, como, inclusive, de tomar medidas que possam gerar um qualquer desconforto.