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27 DE OUTUBRO DE 2021

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O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — E em 2011?

O Sr. Ascenso Simões (PS): — Também sabemos como é que o PSD e o CDS, no Governo anterior, deixaram a política, a política do irrevogável.

E sabemos hoje como é que o PSD e o CDS estão nos seus próprios partidos, ou seja, se há instabilidade

política no momento é mesmo a instabilidade política de uma direita que se apresenta aqui neste Parlamento.

Aplausos do PS.

Protestos de Deputados do PSD.

Há, hoje, um problema com a direita portuguesa, e esse problema chama-se ultramontanismo, trauliteirismo.

A direita portuguesa, hoje, é a mais ultramontana e a mais trauliteira de todas as direitas que tivemos até hoje.

Aplausos do PS.

Nós não podemos, como o Sr. Primeiro-Ministro tem vindo a dizer, e como eu evoluí na minha própria

posição, fazer acordos com a direita quando a direita não quer fazer acordos. O problema do nosso sistema

político é que esta direita não quer fazer acordos. Esta direita ficou-se na troica e nunca mais da troica saiu…

Protestos de Deputados do PSD.

… e esta direita quer eleger um falsete para seu líder, porque tem saudades da troica. Esse é que é o ponto,

essa é que é a circunstância!

Aplausos do PS.

Nós não temos medo da democracia. A democracia é aquilo que está no ADN (ácido desoxirribonucleico) do

PS. Se tiver que haver eleições haverá, mas não queremos criar uma crise: não queremos criar uma crise que

impeça que, em janeiro, as pessoas tenham aumento do salário mínimo nacional; não queremos criar uma crise

para que as pessoas sejam impossibilitadas, por exemplo os funcionários públicos, de terem aumento em janeiro

e terem as suas próprias carreiras revalorizadas; não queremos criar uma crise para que os pensionistas não

tenham um aumento extraordinário em janeiro; não queremos criar uma crise para que os pensionistas não

tenham um aumento e que aqueles pensionistas que vão além dos 1000 € tenham um aumento significativo das

suas pensões; não queremos criar uma crise, porque queremos continuar a investir, queremos que as empresas

usem os fundos públicos para continuar a investir.

Portanto, nós não queremos criar qualquer crise. O nosso Orçamento é moderado, é um Orçamento que olha

para o emprego, é um Orçamento que olha para as empresas, é um Orçamento que olha para a dignidade das

pessoas.

É, por isso, Sr. Primeiro-Ministro, que foi com surpresa que eu ouvi as intervenções dos partidos que têm

suportado esta solução governativa.

Eu não compreendo a intervenção da Sr.ª Deputada Catarina Martins quando, olhando para as suas nove

propostas, não consegue encontrar a evolução que o Governo foi fazendo. Essa evolução é nítida! Agora, se a

Sr.ª Deputada Catarina Martins quer ir a 100 Km/h e nós queremos ir a 80 Km/h é porque sabemos que à frente,

nos 100 Km, nós temos um problema que poderemos não saber resolver…

O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Ascenso Simões (PS): — Esta é a questão central. Mas, para mim, ainda mais duro de ouvir é a intervenção do Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, porque o PCP,

um partido institucional, um partido dos sindicatos, um partido que olha para os trabalhadores, com a sua longa