27 DE OUTUBRO DE 2021
63
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Passamos, agora, a uma intervenção do Partido Socialista. Tem a palavra, para o efeito, o Sr. Deputado Tiago Barbosa Ribeiro.
O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Em 2015, quando iniciámos este caminho, encontrámos um País devastado pelas políticas
de austeridade, pelo experimentalismo daqueles que acreditavam que era cortando e empobrecendo que
conseguíamos regenerar-nos, purificar-nos, punindo os portugueses com um programa que tinha tanto de
ideológico como de moral. Eles falharam, mas as suas consequências foram bem sentidas pelo País.
Os portugueses sabem e não esquecem o tempo dos Orçamentos do Estado com recuos e não avanços,
quando os portugueses tremiam sempre que o ministro das Finanças marcava uma conferência de imprensa,
quando os Orçamentos do Estado tinham cortes nos salários, que queriam tornar permanentes, cortes nas
pensões, enormes aumentos de impostos, cortes no subsídio de Natal, cortes no subsídio de férias,
congelamento, eliminação de feriados, cortes nas prestações sociais, privatizações, enfraquecimento do Estado,
tendo sempre, como resultado, um aumento do desemprego, um aumento da pobreza, um aumento do
desespero e uma economia ligada às máquinas.
Foi assim, Orçamento atrás de Orçamento, retificativo atrás de retificativo, sempre com o mesmo resultado:
recuos, falhanços, empobrecimento. Os portugueses sabem e não esquecem.
Em 2015, iniciámos uma viragem, numa alternativa política liderada pelo Partido Socialista, uma alternativa
económica, social e política, com entendimento, então e agora, maioritário, na Assembleia da República, que
demonstrou as virtudes de um rumo alternativo.
É impossível, agora, listar todos os avanços conseguidos, mas os portugueses sabem e não esquecem:
solidariedade, em vez de austeridade; aumento generalizado de pensões e salários; reposição de rendimentos,
de carreiras e direitos; aumento das prestações sociais; criação de novas prestações; reversão de privatizações
e outras medidas de desmantelamento do Estado social, levado a cabo pela direita; alterações à legislação
laboral; limitação do trabalho temporário; combate ao trabalho forçado; aumento do salário mínimo nacional;
nova lei para a transmissão de estabelecimento ou empresa; melhoria das muito longas carreiras contributivas;
reforço da Autoridade para as Condições do Trabalho; fim do banco de horas individual; regularização de
milhares, milhares e milhares de precários na Administração Pública; melhoria e investimento no Serviço
Nacional de Saúde; investimento público; revalorização da escola pública; melhoria dos transportes públicos;
recuperação da economia; queda histórica do desemprego; crescimento acima da média europeia, portanto,
convergência; contas certas.
Isto foi importante em Portugal e, já agora, também na Europa, mostrando que era possível um modelo
alternativo ao dos ortodoxos e, com isso, aliás, ter mais sucesso económico, político e no domínio do emprego.
Aplausos do PS.
Há muitas medidas para medir o sucesso governativo desta fórmula, mas deixo uma emblemática: em seis
anos, a percentagem de pessoas em risco de pobreza e exclusão social em Portugal baixou de 26,4% para
20%. Em apenas seis anos, uma em cada quatro pessoas que estavam em risco de pobreza deixou essa
condição, mesmo em ano de pandemia.
É para isso que governamos, é para isso que legislamos, para melhorar a vida das pessoas. E se hoje o Dr.
Rui Rio aqui, no início deste debate, questionava quais foram as melhorias para o País, pois vá perguntar a cada
uma destas pessoas que saíram da pobreza e sabem bem a diferença que faz um Governo liderado pelo Partido
Socialista.
Aplausos do PS.
Os portugueses sabem e não esquecem.