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I SÉRIE — NÚMERO 26

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Por isso, todos sabemos que a concentração é melhor qualidade. Tem necessidade de ser complementada

por bons transportes, por boas referenciações, por boas articulações, e é nisso que as pessoas, no local, estão

a trabalhar. Por se nos reclamam autonomia para as instituições, deverá também ser às instituições que, depois,

se pergunta pelas respostas.

Aplausosdo PS.

ASr.ª Mariana Silva (PEV): — Vamos ver!

A Sr.ª Ministra da Saúde: — Por último, talvez o tema que, de novo, mais interessa aos portugueses: o tema dos médicos de família.

Sr.as e Srs. Deputados, volto a referir que é um facto que temos, hoje, no SNS cerca de 10% de inscritos no

Registo Nacional de Utentes que não têm médico de família atribuído. É o mesmo valor que tínhamos no início

da Legislatura anterior, mas se pensam que nada foi feito, enganam-se. Como referi, há mais 852 médicos de

família, mas há mais quase 400 mil inscritos no Serviço Nacional de Saúde — são pessoas residentes no País,

que vieram à vacinação e que foram inscritos, são pessoas que merecem cuidados de saúde.

A Sr.ª Maria Antónia de Almeida Santos (PS): — Muito bem!

A Sr.ª Ministra da Saúde:— São pessoas para as quais estão disponíveis e que não deixaremos de atender…

Aplausosdo PS.

…e que não deixaremos de tratar, mesmo que politicamente isso tenha um preço, o preço de um

compromisso que persiste em fugir-nos debaixo dos pés, mas que, mais uma vez, não vamos desistir de

continuar a trabalhar para a alcançar.

Aplausosdo PS.

OSr. Presidente (Fernando Negrão): — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Mais uma vez, o debate sobre política de saúde é essencial. Todas e todos nós, enquanto utentes, sabemos o quão

importante é ter acesso a cuidados de saúde no Serviço Nacional de Saúde.

Ainda assim, houve quem quisesse vir para este debate gravar um tempo de antena para as eleições que se

avizinham. O PSD veio para este debate fazer-se passar por um governo que não será e o PS veio para este

debate fazer de conta que tem resultados de governo que não tem porque não quis ter.

Quando ouvimos o PSD falar neste debate, a tentar projetar-se no futuro, só nos lembramos, na verdade, do

passado, porque as soluções são exatamente as mesmas: cortar no orçamento do Serviço Nacional de Saúde,

desviar o orçamento do Serviço Nacional de Saúde para o setor privado, com as consequências que já teve no

passado: depauperar o Serviço Nacional de Saúde para transferir esse dinheiro para aqueles que, depois,

quando bate uma pandemia à porta do País, fogem completamente do terreno e se recusam a prestar o mínimo

de assistência à população.

Já o PS, por muito que tente mostrar resultado, numa espécie de treino de road show eleitoral, não consegue

fazer esquecer que, a determinada altura na anterior Legislatura e já nesta Legislatura, quis ser um travão e não

um avanço para o Serviço Nacional de Saúde.

Temos, hoje, mais um milhão de utentes sem médico de família em Portugal e a culpa não se deve ao facto

de haver mais pessoas inscritas no Serviço Nacional de Saúde. A culpa deve-se ao facto de não se estar a

captar, a fixar e a contratar os médicos que o próprio Serviço Nacional de Saúde forma como especialistas em

medicina geral e familiar.