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I SÉRIE — NÚMERO 51

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menos, todos sabíamos quem é o responsável por isto. Agora, vamos dar os Kamov, que nunca funcionaram, à

Ucrânia.

Vamos lá ver: íamos dar artilharia pesada, mas, entretanto, o que demos foi Kamov. O que lhe pergunto é:

se eles não funcionaram cá, porque é que vão funcionar lá?

Penso que o Sr. Primeiro-Ministro não nos quer deixar com uma má imagem internacional. Quer dizer, chegar

ao fim do ano e dizer que Portugal deu seis Kamov à Ucrânia e, depois, o Zelenskyy dizer-lhe «ó Sr. Primeiro-

Ministro, eu agradeço-lhe muito, mas eles não pegam», ora, acho que é muito desagradável. O Sr. Primeiro-

Ministro devia ter, pelo menos, a noção de que isto é um pouco desagradável.

Aplausos do CH.

Isto é para livrá-lo de um problema, porque estes Kamov, que foram comprados por ajuste direto, nunca

pouparam nada a Portugal, só gastaram, gastaram e gastaram. É uma responsabilidade sua, enquanto Ministro

da Administração Interna, e de um ex-Primeiro-Ministro, que agora o senhor diz que nos aldrabou a todos, que

é o Eng.º José Sócrates.

O Sr. Primeiro-Ministro disse ontem que estava confiante num acordo. Mas, Sr. Primeiro-Ministro, tenho de

lhe dizer que tem um otimismo muito irritante — irrita-nos a todos,…

Protestos do PS.

… a quase todos, tirando à bancada do PS —, pois estive a ver as notícias dos últimos dias e li uma que diz

que o Governo acredita que a Nigéria vai entregar gás, mas a Nigéria diz que não vai e que vai reduzir. No

entanto, o Sr. Primeiro-Ministro, António Costa, acredita que vai.

Crise energética: «António Costa confiante em acordo europeu, mesmo que França esteja contra.» Inflação:

«António Costa acredita que a União Europeia tomará as melhores medidas.» Subida de preços: «António Costa

acredita que vamos ter a solução certa.» Sr. Primeiro-Ministro, com o devido respeito, que é muito o que eu

tenho por si, nós estamo-nos nas tintas para aquilo em que o senhor acredita, nós queremos é soluções para

os portugueses, queremos é soluções para que eles não tenham de estar sempre a pagar mais.

Aplausos do CH.

Sr. Primeiro-Ministro, ouvimos o Sr. Ministro da Economia dizer ontem que, se não for a Nigéria, é Trindade

e Tobago ou a Guiné Equatorial. Olhe, um qualquer que a gente pegue no telefone e ligue!

Não é assim que se gere um país, gere-se um país com soluções, e o Sr. Primeiro-Ministro só tem mostrado,

nos últimos meses, que está completamente à deriva e que os portugueses vão pagar por o senhor estar à

deriva. Isso é muito injusto e muito errado.

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente: — Ainda dentro do tempo disponível para o Grupo Parlamentar do Chega, tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Pacheco de Amorim.

O Sr. Diogo Pacheco de Amorim (CH): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro: Declarou o Governo francês que irá suspender o Acordo de Schengen, retomando o controlo das suas fronteiras,

durante seis meses. Em causa estará o alegado alerta terrorista, bem como, e sublinho, o aumento de ilegais a

partir da zona dos Balcãs.

Vozes do CH: — Muito bem!

O Sr. Diogo Pacheco de Amorim (CH): — Não está em causa o direito a fazer no máximo até dois anos, como é evidente, mas, sendo a França um dos dois pilares centrais da União Europeia, esta sua decisão põe

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