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I SÉRIE — NÚMERO 1

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atualmente assistentes operacionais, com 25 e 30 anos de carreira, a receber 769 €, que é o salário mínimo nacional, Sr. Ministro. Isto é vergonhoso para quem presta cuidados às pessoas.

Quanto aos enfermeiros, para quando a correção das injustiças relativas àquelas que são as posições virtuais? Para quando a devolução dos retroativos de 2018, que está na lei, e a correção da confusão que foi criada com o concurso para gestores, nomeadamente no Algarve, em que têm o concurso já finalizado e nunca mais sai a lista?

Quanto aos farmacêuticos, para quando uma negociação séria com os farmacêuticos? Têm uma tabela salarial de 1999, Srs. Deputados!

Pausa. Sr. Presidente, esta movimentação na bancada do PS é um desrespeito por quem está a falar! A Sr.ª Rita Matias (CH): — É o desrespeito socialista. O Sr. João Dias (PCP): — Eu percebo a necessidade e as dificuldades que têm para entrar na bancada,

mas... Pausa. O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, faça favor de prosseguir. O Sr. João Dias (PCP): — Muito obrigado, Sr. Presidente. Falava eu dos farmacêuticos. Para quando, Sr. Ministro, uma negociação séria? Quando é que o Sr. Ministro

está disponível para que a carreira seja valorizada? Também, nomeadamente, em relação aos médicos. Dedicação plena?! Isto trata-se de exaustão plena!

Vozes do PCP: — Exatamente! O Sr. João Dias (PCP): — Isto é um novo regime de trabalho que o senhor está a propor aos médicos. O

que o senhor está a propor é diferenças entre especialidades: uns trabalham 35 horas e outros — já sei que para si 35 mais 5 não são 40 horas! —, na verdade, trabalham 35 mais 5. Outros vão ter de trabalhar 250 horas, o que, na verdade, se fizermos bem as contas ao ano, é quase uma semana de trabalho suplementar por mês.

Para quando a valorização dos profissionais de saúde? Sr. Ministro, não está preocupado com a sobrecarga dos profissionais de saúde, que põe em causa a

segurança? Sr. Ministro, sabe fazer as contas, mas se fizer as contas com estas 250 horas, veja quanto é que dá ao mês. Em 10 meses, daria, pelo menos, 25 horas. Faça as contas e verá se não dá quase uma semana de trabalho a mais.

Portanto, Sr. Ministro, há uma coisa que lhe quero dizer: o Serviço Nacional de Saúde não precisa de conversa fiada.

A Sr.ª Alma Rivera (PCP): — Tal e qual! O Sr. João Dias (PCP): — O Serviço Nacional de Saúde precisa de medidas sérias, e o Sr. Ministro sabe

qual é o caminho que tem de fazer e só não o faz porque não quer. O Sr. Ministro sabe muito bem que tem de valorizar imediatamente os profissionais de saúde, tal como o PCP propõe, tem de valorizar a necessidade de investimento, mas não é fazendo o esbulho dos recursos públicos para o privado.

O Sr. Duarte Alves (PCP): — Muito bem! O Sr. João Dias (PCP): — É já cerca de 55 % do Orçamento do Estado para a saúde que vai para o privado.