O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

19 DE OUTUBRO DE 2023

5

Protestos de Deputados do PSD.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Demagogia!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Até agosto, tínhamos, nos cuidados de saúde primários, mais 2 588 160

consultas; nos cuidados de saúde hospitalares, onde são todas presenciais, mais 964 000 consultas; e, quanto

a episódios de urgência, mais 119 000 do que os que tínhamos oito anos antes.

Portanto, Sr. Deputado, nós, efetivamente, investimos mais, mas há mais consultas nos cuidados de saúde

primárias, mais consultas nos cuidados de saúde hospitalares, mais episódios de urgência tratados nos cuidados

hospitalares, e, se depois lhe der os números das cirurgias, verificará que também há mais cirurgias do que

havia anteriormente.

Aplausos do PS.

Em terceiro lugar, como temos dito e repetido, não basta pôr mais dinheiro em cima dos problemas. Com o

Orçamento do Estado para 2024, o orçamento do SNS cresce 72 % relativamente a 2015.

Por isso, temos em curso aquilo que o Ministro da Saúde, aliás, tem designado, porventura com propriedade,

como a mais profunda reforma do Serviço Nacional de Saúde desde que ele foi instituído:…

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Então tem corrido bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … em primeiro lugar, a criação da direção executiva, de forma a assegurar uma

sinergia entre todas as áreas do Serviço Nacional de Saúde; em segundo lugar, a implementação, a partir de

janeiro, de um modelo de unidades locais de saúde (ULS) em todo o País, de forma a termos devidamente

integrados os cuidados de saúde hospitalares com os cuidados de saúde primários; em terceiro lugar, a reforma

profunda dos cuidados de saúde primários, com a generalização a todo o País do modelo de USF (unidades de

saúde familiar) modelo B, onde aumentam os cuidados de saúde prestados aos cidadãos e, em contrapartida,

melhoram as condições remuneratórias e de trabalho de todos os profissionais de saúde; por fim, uma

reorganização das urgências, de forma que toda a porta de entrada seja cada vez mais a linha Saúde 24, de

forma que cada um de nós seja encaminhado para os cuidados de saúde de que efetivamente necessita —

urgência hospitalar, se for o caso, consulta na unidade local de saúde, se for o caso, automedicação, se for o

caso.

É esta a reforma que temos em curso, e é esta a reforma que iremos, serenamente, continuar a executar.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra o Sr. Deputado Joaquim Miranda Sarmento, do PSD.

O Sr. Joaquim Miranda Sarmento (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, vejo que já só vai até

2015, ao contrário do Sr. Ministro da Saúde, que hoje não marca presença, que já vai 40 anos para trás nas

desculpas.

O senhor gaba-se de ter quase o dobro do orçamento, é pena é que não possa dizer que tem um SNS duas

vezes melhor do que aquele que tinha em 2015.

Aplausos do PSD.

Mas, Sr. Primeiro-Ministro, queria falar-lhe de outro assunto que preocupa bastante os portugueses: os

impostos e a carga fiscal.

Nós temos uma consolidação orçamental assente em impostos máximos e serviços mínimos. Sei que me vai

falar sobre a carga fiscal e o crescimento económico, mas deixe-me esclarecer: a carga fiscal, Sr. Primeiro-

Ministro, é um rácio; se o rácio cresce, é porque o numerador «receita em milhões de euros» cresce mais que

o denominador «PIB (produto interno bruto) em milhões de euros».