I SÉRIE — NÚMERO 19
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Protestos do PS. O Sr. Rui Rocha (IL): — O Sr. Ministro Fernando Medina não sabe! O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Parece que, na bancada do PS, alguém saberá de alguma coisa. Podem
partilhar com o Sr. Ministro e com os portugueses. Finalmente sabem de alguma coisa! Protestos do PS. Sr. Ministro, a Iniciativa Liberal tem sido muito insistente e muito consistente, firme, na defesa do
desagravamento fiscal. O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — É uma espécie de elogio ao vento! O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Menos impostos significa mais capacidade para os portugueses
consumirem, para os portugueses pouparem e para as empresas investirem. Mas, para além da questão do desagravamento fiscal, a Iniciativa Liberal também tem sido muito consistente a defender aquilo que é a simplificação fiscal.
Isto porque, obviamente, os portugueses, seja individualmente ou nas empresas — e profissionais liberais também —, perdem depois muito tempo com um sistema fiscal que é bastante complexo. Se fosse mais simples, até seria melhor para a própria Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), para não estar a resolver depois os problemas das muitas queixas que têm vindo a crescer, sendo que quase todas elas são devido à complexidade do sistema.
De facto, é um labirinto que existe: escalões, isenções, deduções, benefícios, sobretaxas, contribuições extraordinárias.
O Sr. Duarte Alves (PCP): — É automático! O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — E isto é tão complexo que o próprio Governo reconhece que o é. E, então,
resolve como? Com mais complexidade, porque traz os regimes: é o IRS Jovem, é o IRS para os residentes não habituais, é o Programa Regressar. Portanto, é só mais complexidade.
A isto tudo as finanças socialistas acrescentam aquilo que é, vamos chamar-lhe, o milagre da dupla ou da tripla tributação. Vamos a exemplos: uma pessoa quando compra casa, paga IMT (imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis) na aquisição, paga o imposto do selo no empréstimo, paga taxas de vários consumos e, em todos eles, paga IVA, paga IMI por ter essa propriedade, ainda há quem pague o adicional de IMI, e, obviamente, que adquiriu a casa a quem já pagou IMT na aquisição de um terreno e pagou IVA sobre a construção,…
A Sr.ª Patrícia Gilvaz (IL): — É um rol de impostos! O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — … naquilo que representa um ciclo infindável de pagamento de impostos
sobre o mesmo bem. E quem compra um carro? Paga o ISV quando compra o carro paga o imposto do selo, se pedir
empréstimo, no consumo, paga o ISP (imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos) e a taxa de carbono, paga IVA sobre estes impostos todos anteriores, paga o IUC a cada ano.
E, Sr. Ministro, durante o debate houve aqui alguns partidos que se foram referindo à questão do IUC, mas quem veio mesmo muito preocupado com isso, que era tão insignificante, foi o Sr. Primeiro-Ministro e o Sr. Ministro das Finanças.
Aplausos da IL.