I SÉRIE — NÚMERO 20
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O Sr. Bruno Nunes (CH): — Isso tem a ver com a honra?! O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Isso diz tudo quanto à aproximação que este Partido tem à democracia
e à política. Aplausos do PS. Mas não vou aceitar, não vamos aceitar, que seja atribuído a este Partido, que tem 50 anos — e que ainda
esta semana celebrou a data em que foi fundado, no exílio, por um conjunto de 22 camaradas que lutavam pela democracia,…
Aplausos do PS. … — não vou mesmo deixar, como líder parlamentar, que a minha bancada, a bancada deste partido, seja
tratada desta forma, atribuindo-lhe um crime: o crime da corrupção. Risos do CH. Neste País, se há partido que montou uma moldura de combate à corrupção — e com muito honra o digo —
foi o Partido Socialista. Aplausos do PS. Se há partido que, neste Governo, deu à Polícia Judiciária as condições de investigação, em particular dos
crimes de colarinho branco, foi o Governo do Partido Socialista. Se há partido em relação ao qual os portugueses confiam que há separação de poderes neste País, é o Partido Socialista.
Aplausos do PS. O Sr. André Ventura (CH): — Ai, meu Deus! O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Se há partido que lutou por uma democracia efetiva, pela liberdade,
mas acima de tudo pela presunção de inocência de cada português, foi o Partido Socialista. Aplausos do PS. Vozes do CH: — Ah!… O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Por isso, Srs. Deputados, nós não vamos transformar este debate no
debate sobre um processo judicial. Não o faremos! Não vamos fugir do aumento de salários, do aumento de pensões, do aumento das condições de vida dos
portugueses. Aplausos do PS. Não vamos fugir do debate sobre a vida dos portugueses. Aplausos do PS. Nem vamos refugiar-nos num processo judicial que, sim, alimenta, como se pode ver, a extrema-direita.