I SÉRIE — NÚMERO 20
20
Eu sei que os senhores querem fugir a isso. Agora dá-vos jeito dizer: «Vamos é discutir outras coisas.» Protestos do PS. Ó Srs. Deputados, nós não vamos discutir outras coisas, porque os senhores trouxeram-nos a este pântano
miserável em que estamos agora. O Sr. Pedro Pinto (CH): — Exato! Muito bem! O Sr. André Ventura (CH): — Por isso, não vamos discutir outras coisas. Vamos discutir o estado a que
chegámos a este debate parlamentar, sem um Primeiro-Ministro, com um Governo demissionário e à beira de novas eleições.
Repito e mantenho o que disse: chegámos no meio de um escândalo judicial que envolve corrupção de membros do Governo.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem! Protestos do PS. O Sr. André Ventura (CH): — E deixe-me dizer-lhe outra coisa, Deputado Eurico Brilhante Dias. Protestos do PS. Se eu puder terminar, agradecia. O PS tem a sua história, história que nós respeitamos no quadro da democracia em que vivemos,… O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Oh! Não se notou! O Sr. André Ventura (CH): — … como a de todos os outros partidos. Mas o PS não pode apresentar-se
neste debate como se tivesse um historial imaculado, Sr. Deputado Eurico Brilhante Dias. O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Tem, tem! O Sr. André Ventura (CH): — O PS que o Sr. Deputado diz que deu mais meios à PJ (Polícia Judiciária),
que lutou e que definiu o quadro da luta contra a corrupção é o mesmo PS que não esquecemos da Casa Pia de Lisboa.
Protestos do PS. O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado tem de terminar. O Sr. André Ventura (CH): — É o mesmo PS, que não esquecemos, da Operação Marquês. É o mesmo PS
que não esquecemos da Operação Marquês. Protestos do PS. O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado tem de concluir. O Sr. André Ventura (CH): — E é o mesmo PS, tenho de dizer… O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de concluir.