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2 DE DEZEMBRO DE 2023

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O Sr. Presidente: — Passo agora a palavra ao Sr. Deputado Jorge Mendes para intervir em nome do Grupo Parlamentar do PSD.

O Sr. Jorge Salgueiro Mendes (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Os investidores, no

processo de crescimento e expansão das suas empresas, aplicam sempre regras de bom senso. Continuação de protestos de Deputados do CH e contraprotestos de Deputados do PS. O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, peço desculpa porque temos de esperar um bocadinho. O Sr. Pedro Pinto (CH): — Já é a terceira vez! O PS é que tem de estar calado! Pausa. O Sr. Presidente: — Julgo que agora há condições para o Sr. Deputado intervir. Peço aos serviços que reponham o tempo a zero. Faça favor, Sr. Deputado. O Sr. Jorge Salgueiro Mendes (PSD): — Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr.as e Srs. Deputados, os investidores, no processo de crescimento e expansão das suas empresas, aplicam

sempre regras de bom senso. A implementação de novas empresas no estrangeiro, por sua vez, requer decisões ponderadas e seguras, com base em critérios nem sempre compatíveis com o ziguezague do Governo Socialista, a saber: primeiro, a estabilidade legislativa.

Em oito anos, este Governo não a conseguiu, a exemplo da recente alteração da legislação dos vistos gold, do estatuto dos não-residentes ou do alojamento local.

Em segundo lugar, a estabilidade fiscal. Os exemplos dos Orçamentos do Partido Socialista são paradigmáticos, e o que dizer do fim do pacto fiscal estabelecido entre o PS e o PSD relativamente ao IRC (imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas), que o Governo do Partido Socialista rasgou em 2015?

Em terceiro lugar, a existência de uma estratégia clara e da estabilidade das políticas é determinante, mas que sentido faz, por sua vez, anunciar «simplexes» para a simplificação e, depois, implementar, pelo Governo, um gabinete de amigos para coordenar os grandes investimentos?

Onde deveria imperar a transparência e o rigor, com regras claras e apoios bem definidos, mesmo de fundos europeus, impera a opacidade.

O investimento no data center de Sines, de 3,5 mil milhões de euros, é importante para Portugal e deve ser apoiado e acarinhado pelo Estado português, a exemplo da Autoeuropa, de um Governo do PSD. Mas, Sr.as e Srs. Deputados, é bom relembrar: o Estado é muito mais do que o Governo, visão distinta deste Governo que, por vezes, se considera acima do Estado ou dono do Estado.

O Sr. Hugo Martins de Carvalho (PSD): — Muito bem! O Sr. Jorge Salgueiro Mendes (PSD): — No passado recente, temos exemplos de grandes investimentos,

em especial na região Norte, com o apoio da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), do IAPMEI (Agência para a Competitividade e Inovação), dos fundos do Portugal 2020 — em alguns foi necessário ajustar os instrumentos urbanísticos, sem esta opacidade e truques —, com a CCDR (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional), e bem, como deve ser, a coordenar todo o processo, competência que hoje também tem. Não foi o caso de Sines.

Um Governo que sistematicamente afirma que Portugal está no radar dos investidores estrangeiros nunca, mas nunca, poderia ter permitido o que aconteceu com o projeto do data center de Sines. Esta, sim, é uma bazuca na destruição da imagem de Portugal no mundo, mas acontece, porque o Governo assim o quis, ao preferir o amiguismo e a opacidade à transparência e fluidez dos processos.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, a todos os que investem em Portugal e pretendem investir em Portugal, temos de lhes dar uma mensagem muito clara: Portugal conta com todos e precisa de todos. Portugal