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6 DE JANEIRO DE 2024

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«Até ao final de 2019, todos os portugueses terão médico de família.» Mais uma data, mais uma promessa falhada.

Portanto, sim, Srs. Deputados, aqui estamos agora, como dizia, com 1 milhão e 700 mil portugueses sem médico de família. E temos até uma afirmação extraordinária do ainda Ministro, aqui ausente, Manuel Pizarro, quando se referia à ausência de médicos de família para todos os portugueses: «Pois, de facto, isso foi prometido, mas, entretanto, os médicos começaram a reformar-se. Era uma coisa imprevisível.» É um Governo que não sabe antever, sequer, as reformas dos médicos que estão previstas no Serviço Nacional de Saúde.

E aqui estamos, com 20, 30, 40 serviços de urgência fechados ou fortemente condicionados, ao longo dos últimos meses.

Aqui estamos, com crianças a serem atendidas num parque de estacionamento, à porta de uma urgência fechada.

Aqui estamos, com uma idosa que morreu no Hospital de Penafiel, depois de horas à espera de assistência. Protestos de Deputados do PS. Aqui estamos, com um idoso de 79 anos que esteve duas semanas internado, depois de um AVC (acidente

vascular cerebral) — duas semanas internado! —, num corredor do Hospital de Penafiel. Aqui estamos, Srs. Deputados, com mulheres com exames e diagnósticos atrasados, quando estão grávidas. Protestos do Deputado do PS Hugo Carvalho. Aqui estamos, com mulheres que têm partos em ambulâncias, porque o hospital ou a urgência da sua

residência estavam encerrados. Aqui estamos, com mulheres a serem submetidas a partos sem epidural, no Sistema Nacional de Saúde. Aqui estamos, Srs. Deputados, com urgências com tempos de espera de 12, 14, 18, 20, 22, 24 horas. Srs. Deputados, aqui estamos com números preocupantes de mortalidade. Aqui estamos. Aqui estamos, Srs. Deputados, com médicos que fazem 400, 600, 800, 1200 horas extraordinárias por ano. Aqui estamos, com um Serviço Nacional de Saúde que só se sustenta à custa de tarefeiros e de tarefas

rotineiras. Aqui estamos, com filas de idosos e doentes, pela madrugada dentro, no centro de saúde, à espera de terem

uma senha para, eventualmente, obterem uma consulta. Aqui estamos, Srs. Deputados, e permitam-me que fale também como Deputado eleito pelo círculo de Braga. O Sr. Filipe Melo (CH): — Aproveita! O Sr. Rui Rocha (IL): — Aqui estamos, com hospitais que funcionavam — como o de Braga, como o Beatriz

Ângelo, de Loures, ou como o de Vila Franca de Xira — e que foram prejudicados, com prejuízo para as populações, pela aliança entre o PS, o PCP e o Bloco de Esquerda. Não esqueceremos aquilo que os senhores fizeram nessas populações.

Aplausos da IL. Portanto, Srs. Deputados, aquilo a que o PS conduziu a saúde de Portugal foi ao acesso universal a listas

de espera intermináveis. Aquilo que nós propomos é um verdadeiro acesso universal, e para isso, Srs. Deputados, é absolutamente necessário que o utente possa escolher o prestador que mais lhe convém.

Não é o PS, não é o Bloco de Esquerda, não é o PCP que têm de decidir onde é que a pessoa é atendida; é a pessoa que sabe qual é o serviço que mais lhe convém. É por isso que estamos aqui a defender — sim! — o acesso universal, mas o acesso universal só é possível com as propostas da Iniciativa Liberal.

Aplausos da IL.