O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

13 DE JANEIRO DE 1988

754-(9)

Brados do Alentejo volta a publlcar-se

O jornal Brados do Alentejo, de Estremoz, recentemente adquirido pela Casa da Cultura de Estremoz, vai voltar a publicar-se brevemente, com nova direcção e orientação, agora como quinzenário. O periódico terá com director José Emídio Guerreiro e apresentar-se-á como uma publicação informativa.

12 - Cassação ou suspensão de pubGcaçâes A Luta — último número

Gustavo Soromeno, presidente do conselho de administração da empresa proprietária do vespertino A Luta, garantiu no dia 3 de Janeiro que aquele diário não teria a sua última edição no sábado (dia 7), ao contrário do que chegara a ser anunciado, e anunciou que estavam a decorrer negociações com entidades privadas nacionais com vista à melhoria da situação económico-financeira da empresa.

Entretanto, no dia 4 Gustavo Soromenho revelou aos trabalhadores da empresa, reunidos em plenário, que A Luta deixaria de se publicar em «data indeterminada da próxima semana» e que, quanto aos pagamentos em atraso, a empresa estava a fazer esforços no sentido de obter dinheiro para os efectuar.

Os trabalhadores, em comunicado divulgado no dia 4, anunciavam «que cerca de metade da verba a receber pela empresa resultante do subsídio de papel a pagar pelo Estado será transferida para fins que, directamente, são alheios à empresa e aos trabalhadores».

O jornal, dirigido por Raul Rêgo, publicou no dia 9 o seu último número. No dia 8, em carta entregue a cada um dos trabalhadores, dois dos administradores da cooperativa que edita A Luta, Gustavo Soromenho e Raul Rêgo, alegando «graves problemas financeiros», prescindem dos seus serviços.

Perante esta situação os trabalhadores decidiram recusar o despedimento, que consideram ilegal, manter--se nos postos de trabalho e denunciar nas instâncias competentes a decisão dos responsáveis da empresa.

Na sede do Partido Socialista realizou-se no dia 9 uma reunião de trabalhadores do jornal A Luta com dirigentes do Partido Socialista.

Segundo informou a ANOP, doze jornalistas de A Luta falaram com Jaime Gama e João Gomes.

Posteriormente, um dos jornalistas afirmou à ANOP que o próprio secretário-geral do Partido, Mário Soares, afirmara que o Partido Socialista não tem qualquer projecto para o lançamento de um novo jornal.

Página Um suspende publicação

«Dificuldades financeiras inerentes a todas as publicações informativas, agravadas, no caso da imprensa revolucionária, pela ausência de qualquer subvenção e auxílio estatais», ditaram a suspensão por tempo indeterminado da publicação do Página Um, segundo um comunicado da direcção daquele semanário divulgado no dia 4 de Janeiro.

Suspensão de A Nação

Segundo A Nação, do dia 11 de Agosto, aquele vespertino suspenderá a sua publicação a partir do dia 17, reaparecendo em 1 de Outubro, devido a um «conjunto de problemas de ordem técnica» que têm dificultado «a publicação e divulgação de A Nação em termos de desejável e normal funcionamento».

Jornal da Economia deixou de se publicar

O Jornal de Economia, um diário de assuntos económicos dirigido por José Manuel Morais, ligado à Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), deixou de se publicar em Agosto. Segundo um informador da própria redacção, o que está na origem do encerramento são as dificuldades financeiras que o jornal atravessa.

13 - Transfer anciãs da propriedade Venda do matutino O O/a

O Diário Popular, de 12 de Janeiro, sob o título «Em negociações a venda do matutino O Dia ao grupo de Jorge Jardim», afirmava que «estão a decorrer negociações para a venda de O Dia à unidade para-bancária COFIL (Companhia de Financiamentos Comerciais), associada da casa bancária britânica Ken-dall and Dent, onde Jorge Jardim e um grupo português detêm posição maioritária».

Entretanto, O Dia, de 13, na primeira página, a quatro colunas, reagia, com o seguinte título: «Desmentindo especulações — O Dia não está à venda»; na p. 10: «O processo mais completo de uma maquinação contra a existência do nosso jornal»; e como resposta: «Na próxima semana iniciaremos a subscrição pública de acções da Rigor, elevando o nosso capital social de 20 000 para 40 000 contos».

Diário dos Açores

O Diário dos Açores, o quotidiano mais antigo do arquipélago, entrou no dia 6 de Fevereiro no 110.° ano de publicação.

Considerado «instituição familiar» e «independente», o Diário dos Açores deverá ser vendido em breve.

Nesse sentido, informou à ANOP um elemento da empresa, já há contactos encetados com diversas entidades privadas.

A AIND reclama do Ministro da Comunicação Social «providências urgentes para que sejam salvaguardados os legítimos direitos daqueles trabalhadores e empresas».

Correio da Horta

O vespertino Correio da Horta, fundado em 1930, foi adquirido em Junho pela Diocese de Angra do Heroísmo.

Tanto a Diocese como os antigos proprietários do vespertino se escusaram a prestar à ANOP qualquer informação sobre o montante da transacção.