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II SÉRIE-A — NUMERO 15

estimou-se, através da distribuição da população activa por sectores, em Sines, a estrutura do produto por sectores da actividade como se segue:

Sines (vila)

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Os dados de que dispomos a partir do Censo de 1991, e de acordo com o trabalho do Prof. Jorge Pinto da Universidade de Évora, para o concelho, são os seguintes:

Sines (concelho)

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No contexto do Alentejo, este valor de VAB para o sector primário é o mais baixo, havendo valores iguais para Évora, Beja e Portalegre.

Refira-se que o Alentejo, no seu todo, contribui apenas com 3,2% da VAB industrial do País, mas 65% deste valor é produzido apenas em três concelhos — Sines, Évora e Portalegre —, com centralização decisiva em Sines, que por si só contribui com 42% de VAB industrial produzido no Alentejo.

Na área da economia não podemos deixar de referir, pela sua importância histórica e pelo número de pessoas ligadas a esta actividade, a pesca. A pesca era, aquando da elaboração do PDM, a actividade mais representativa da vila, quer em termos de activos empregues quer em termos do valor do produto: A actividade piscatória, apesar do desenvolvimento do Complexo de Sines e das deficientes condições do porto de pesca, conseguiu não ser afectada até essa altura, registando mesmo um ligeiro aumento e melhoramento da frota, bem como um acréscimo do pescado. Estes dados terão levado aos investimentos no porto de pesca e às instalações da DOCAPESCA num período posterior. As novas instalações da DOCAPESCA entraram em funcionamento em 1994, sendo dotadas de armazéns para aprestos marítimos (em número de 70), para apoio à actividade dos armadores/pescadores, 21 armazéns de apoio às actividades dos comerciantes de pescado e 13 lojas e oficinas para serviço de apoio de vendas, reparações, manutenção e conservação às embarcações de pesca.

Tem também uma capacidade de produção diária de gelo na ordem das 7 t, com silo de armazenamento para 14 t. Existem ainda em Sines mais quatro fábricas de gelo, propriedade dos comerciantes para seu consumo.

Estão também instaladas no porto duas câmaras de conservação, com a capacidade de 6 t cada uma. Estão inscritos na DOCAPESCA de Sines 176 comerciantes.

Em Setembro deste ano eram 346 as embarcações de pesca registadas na Capitania de Sines, correspondendo a 622 pescadores matriculados. Daquelas, 201 pertenciam à pesca local (boca aberta), 72 também à pesca local (convés fechado), 70 à pesca costeira e 3 eram traineiras.

A localização de Sines, fora dos saturados centros urbanos da área metropolitana de Lisboa mas não demasiado longe e com acessos razoáveis, projectando-se a sua melhoria, é um dos principais factores para o seu desenvolvimento económico.

Paralelamente a esta localização, Sines dispõe de uma série de infra-estruturas que justificam ser este o único concelho com vocação industrial em todo o Alentejo.

A plataforma industrial associada à vila, com 2000 ha de terreno disponível, é gerida pela PGS — Promoção e Gestão de Áreas Industriais e Serviços, S. A.

Esta empresa de serviços nasceu quando, pelo Decreto--Lei n.°6/90, foram transmitidos para o IAPMEI as áreas industriais que pertenciam ao GAS. A PGS, S. A., com sede em Santo André, tem como objectivos, de acordo com o artigo 4.° dos estatutos, criar e gerir áreas industriais e de serviços, promover a instalação de empresas nessas áreas e gerir infra-estruturas e serviços comuns, necessários ao funcionamento de tais áreas. Desde o seu início que a PGS foi incumbida pelos seus principais accionistas — IAPMEI, IPE e APS — de gerir o parque industrial de Sines, que ocupa uma vasta área de 2000 ha, dos quais estão já ocupados 700 ha.

Aqui estão instaladas indústrias vitais para o País, como a central termoeléctrica a carvão, a refinaria da PETROGAL ou a Petroquímica da Borealis. Esta plataforma industrial é servida por uma ET AR para efluentes industriais, o único aterro sanitário preparado para receber resíduos industriais do País. Tem ainda a possibilidade de utilização de um aeródromo.

Sines, após duas décadas de investimentos infra-estru-turais, constitui uma zona excelentemente equipada para acolher quase todos os tipos de iniciativas empresariais nos campos da indústria e serviços, incluindo a armazenagem e distribuição.

A partir de 1996, o porto disporá de condições de equipamento, instalações e terraplenos para receber e movimentar granéis, carga geral e contentores, podendo receber navios calados fundos de 14 m e mais, e tendo as zonas de carga geral e contentores directamente servidas por caminho de ferro até ao cais. Esta possibilidade de articular mais eficazmente o transporte terrestre (ferroviário e, rodoviário) com o transporte marítimo constituirá um factor amplamente favorável a Sines no contexto dos portos da costa atlântica portuguesa, conferindo-lhe vantagens competitivas que para aí poderão atrair novas actividades e potenciar também tráfegos de transhipment. A conacú-zação de tais perspectivas dará realidade à progressiva mudança de vocação de Sines, inicialmente concebida como porto de águas profundas dotada de um complexo de indústrias de base (petrolíferas, químicas, metalúrgicas), mas tendendo actualmente para o transporte intermoiaV com ligação à rede europeia de transportes. São, por outro lado, diferentes as perspectivas de evolução de Sines no que respeita às indústrias de base e respectivo comércio internacional, avultando cada vez mais o papel que lhe deve ser reservado no quadro da dinamização da economia nacional e regional, como pólo de actividade e bacia de emprego numa das mais pobres regiões da Europa, o Alentejo. A PGS integrou na sua estratégia a de atrair outro tipo de investidores industriais pará além das indústrias de base e a de servir os objectivos do desenvolvimento regional do Alentejo no que respeita à necessidade de criação de emprego numa vasta mancha do território onde existem poucas alternativas. Fê-lo já, preparando a infra--estruturação de alguns lotes para acolher PME e prepa-