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II SÉRIE-A — NÚMERO 2

Nos Estados Unidos da América, o forte crescimento económico evidenciado ao longo do primeiro semestre de 1997, deverá corresponder, para o conjunto do ano, a uma taxa de crescimento para o Produto Interno Bruto próxima de 4 por cento. Reflectindo a conjuntura económica favorável, a taxa de desemprego deverá reduzir-se para cerca de 5 por cento, o melhor resultado alcançado desde 1973. A inflação mantém-se controlada (2,4 por cento em 1997), não obstante a crescente utilização da capacidade produtiva. A redução dos preços internacionais, quando convertidos em dólares, contribuiu, em parte, para a contenção da inflação. O défice global do Sector Público Administrativo, em percentagem do Produto Interno Bruto prosseguiu a trajectória descendente dos últimos cinco anos, passando de 4,4 por cento em 1992 para 1 por cento em 1997.

A desaceleração da actividade económica no Japão, foi particularmente visível no segundo trimestre de 1997, levando as instituições internacionais a rever em baixa as suas estimativas para o conjunto do ano. As estimativas mais recentes apontam para uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto de apenas 1,1 por cento, ou seja, 2,4 pontos percentuais abaixo da verificada em 1996. A desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto é proveniente do abrandamento da procura interna, especialmente do investimento e do consumo privado. As exportações deverão apresentar, no entanto, um crescimento significativo associado à forte apreciação do dólar americano.

Gráfico 1-1 Crescimento do PIB

(Taxas de crescimento em volume, em percentagem)

Na União Europeia assiste-se a uma reanimação da actividade económica reflectida no comportamento mais favorável dos indicadores de curto prazo na generalidade das economias. O indicador de confiança dos consumidores apresenta, nos primeiros oito meses do ano, níveis superiores aos registados no período homólogo do ano anterior. O índice de produção industrial no primeiro semestre de 1997 foi superior ao do período homólogo do ano transacto, atingindo um crescimento de 1,5 por cento em média anual no mês de Junho, quando em Dezembro último era de 0,2 por cento. A recuperação da actividade industrial é igualmente confirmada pela melhoria registada nas encomendas à indústria transformadora, pela diminuição dos stocks e pela melhoria da confiança dos empresários da indústria.

O crescimento do Produto Interno Bruto da União Europeia em 1997 deverá, assim, registar uma aceleração, estando estimado um aumento de 2,4 por cento, após o abrandamento registado no ano anterior (1,6 por cento).

A recuperação da economia europeia durante o ano de 1997 deverá ser acompanhada de uma melhoria no emprego, prevendo-se um aumento de 0,5 por cento e uma ligeira

redução da taxa de desemprego (10,6 por cento contra 11 por cento em 1996).

A inflação média da União Europeia deverá reduzir-se em 1997 para 2,1 por cento. Em termos de índice harmonizado de preços no consumidor, a variação média anual diminuiu ao longo dos. oito primeiros meses de 1997, tendo passado de 2,4 por cento em Dezembro de 1996 para 1,9 por cento em Agosto de 1997. No entanto, o valor de referência para efeitos de aplicação do critério de estabilidade de preços manteve-se constante entre Dezembro de 1996 e Junho de 1997 (2,5 por cento), tendo subido para 2,6 por cento em Julho, valor que se manteve em Agosto.

O défice do Sector Público Administrativo (SPA), em média na União Europeia, deverá situar-se em cerca de 2,9 por cento do Produto Interno Bruto em 1997, representando uma substancial melhoria relativamente ao do ano anterior (4,3 por cento).

Quadro 1-1 Principais Indicadores Económicos da União Europeia, EUA e Japão

Fornes: CE. Euinomic Fonxxsis. Abril 1997: (*) FMI. World Ecanomic Outlook. Sei. 1997

Na maioria dos Estados-membros da União Europeia, as taxas de juro de longo prazo diminuíram ao longo do primeiro semestre de 1997, tendo-se registado uma subida pontual no final do primeiro trimestre. Nos Estados Unidos da América, as taxas de juro de longo prazo registaram uma ligeira subida ao longo do primeiro semestre de 1997, tendo diminuído no Japão.

Na Europa, as taxas de juro de curto prazo diminuíram ligeiramente no decurso do primeiro semestre de 1997, com excepção do Reino Unido, onde registaram uma subida, sobretudo associada ao receio do recrudescimento de tensões inflacionistas. O Comité Monetário do Reino Unido, instituído em Maio passado, aumentou a taxa directora por diversas vezes, situando-se em 7 por cento no final de Setembro. As taxas de juro americanas aumentaram ligeiramente, enquanto que no Japão conheceram uma ligeira. diminuição. Esta divergência na evolução das taxas de juro reflecte, fundamentalmente, a posição das respectivas economias no ciclo económico.

Os preços internacionais do petróleo e dos produtos manufacturados, medidos em dólares norte-americanos, deverão registar uma quebra em 1997. O preço spot do Brent registou uma diminuição de 1,3 por cento no período de Janeiro a Setembro face ao período homólogo de 1996, situando-se a cotação no final do mês de Setembro de 1997 em 19,8 dólares/barril. Para o conjunto do ano de 1997, prevê-se uma quebra de 5,1 por cento do preço do petróleo, que compara com o aumento de 21,3 por cento verificado no ano anterior, o maior aumento desde a crise no Golfo Pérsico de 1990/1991. De acordo com as últimas estimativas do Fundo Monetário Internacional, os preços dos bens manufacturados, em dólares, deverão apresentar em 1997 uma quebra de 3,7 por cento.