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II SÉRIE-A — NÚMERO 2

meses de 1997, mostram um reforço da actividade no comércio por grosso e uma melhoria na actividade do comércio a retalho, face a idêntico período do ano anterior.

Gráfico 1-8 Inquérito de Conjuntura ao Comércio (Vendas: saldo das respostas extremas, em percentagem) (Médias móveis de três meses)

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1.2.3 Mercado de Trabalho

Em 1997 prosseguiu a evolução positiva do mercado de trabalho, em consonância com o reforço da dinâmica da actividade económica iniciada no passado recente. De acordo com os dados do Inquérito ao Emprego, em 1996 o emprego aumentou 0,6 por cento face ao ano anterior (em 1995 tinha diminuído 0,6 por cento), enquanto a taxa de desemprego se manteve praticamente estabilizada.

Nos três primeiros trimestres de 1997, manteve-se a tendência positiva, com o emprego a crescer em termos homólogos 1,7 por cento (2,2 por cento no terceiro trimestre).

Para o aumento do emprego total contribuíram o crescimento do emprego por conta própria (2,9 por cento) e o emprego por conta de outrem (1,4 por cento), o que acontece pela primeira vez neste ciclo económico. Em 1996, o crescimento do emprego apenas se ficou a dever ao crescimento do emprego por conta própria.

Gráfico 1-9 Emprego por Situação na Profissão

(Taxas de variação homóloga em percentagem)

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De registar que em 1997 o emprego no escalão etário mais jovem (dos 15 aos 24 anos) aumentou, situação que não se verificava desde o início da década.

Gráfico 1-10 Emprego por Sectores

(Taxas de variação homóloga em percentagem)

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Em termos sectoriais, os sectores primário e secundário contribuíram positivamente para o crescimento do emprego total nos três primeiros trimestres de 1997, enquanto que o contributo do sector terciário foi ligeiramente negativo.

O sector primário, que desde o segundo semestre de 1996 regista crescimentos bastante elevados, manteve esta evolução nos três primeiros trimestres de 1997 com um crescimento de 11,6 por cento relativamente ao período homólogo. A evolução do emprego neste sector deve-se essencialmente ao emprego a tempo parcial, que no primeiro semestre cresceu 35,9 por cento em lermos homólogos.

No sector secundário, destaca-se o forte crescimento do emprego na construção, no primeiro semestre de 1997 (12,8 por cento em termos homólogos), enquanto que na indústria se continuou a verificar uma variação negativa (-3,6 por cento), embora com sinais de atenuação no segundo trimestre.

O emprego no sector terciário registou uma diminuição nos três primeiros trimestres do ano de 0,6 por cento em termos homólogos, mais acentuada nos trabalhadores por conta própria.

Nos três primeiros trimestres de 1997, verificou-se um decréscimo em termos homólogos do número de desempregados (-5,2 por cento). Esta evolução contribuiu para o decréscimo da taxa dè desemprego, que atingiu no terceiro trimestre um valor de 6,7 por cento (7,1 por cento no trimestre homólogo de 1996). A diminuição do número de desempregados verificou-se quer no grupo dos indivíduos que procuram novo emprego (-3,5 por cento), quer no grupo dos indivíduos à procura de primeiro emprego (-11,2 por cento), onde ainda não se tinham registado decréscimos desde 1993. No primeiro semestre, foi na população mais jovem (15 a 24 anos) que se observou a maior diminuição de desemprego (-11,7 por cento), enquanto que os desempregados com idades entre os 45 e os 64 anos ainda registaram um aumento (2,2 por cento).

As dificuldades ao nível do perfil da mão-de-obra disponível para satisfazer a procura de trabalho são evidenciadas pela curva de Beveridge, que representa a reíação entre a taxa de desemprego e a taxa de vagas (rácio entre o número de ofertas de emprego por satisfazer e a população activa). A evolução desta curva sugere a persistência de algum desajustamento entre a procura e a oferta de trabalho, na medida em que as ofertas por satisfazer são superiores às verificadas em períodos anteriores com taxas de desemprego iguais ou mais baixas.