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II SÉRIE-A — NÚMERO 2

no mercado secundário global registou um crescimento dc 34,5 por cento entre Janeiro e Setembro, face ao período homólogo de 1996.

Gráfico 1-19 índices de Cotação Bolsista

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Quanto ao mercado de derivados da Bolsa de Valores do Porto, em 20 de Junho e I de Setembro do corrente ano, começaram a transaccionar-se, respectivamente, o contrato "Futuros Portugal Telecom" e o contrato "Futuros EDP", reforçando as condições para o aprofundamento e aumento da liquidez do mercado secundário de acções e para a internacionalização do mercado de capitais, em consequência do alargamento da cobertura de riscos financeiros às acções de empresas (inicialmente havia sido criado somente o "Futuro PSI20").

No âmbito do aprofundamento e aumento de liquidez, merece especial relevância o papel desempenhado pelas (re)privatizações. De facto, as (re)privatizações têm contribuído significativamente para o aumento da capitalização bolsista e dos montantes transaccionados, bem como para a diversificação.dos sectores cotados. Entre 1988 e 1997, a capitalização bolsista (só acções) passou de cerca de 12 por cento para 37,4 por cento do Produto Interno Bruto, tendo as empresas privatizadas um peso, nesta capitalização, ligeiramente acima de 50 por cento. As empresas financeiras, que em 1993 representavam cerca de 60 por cento das transacções e capitalização bolsista, representam agora pouco mais de 20 por cento do montante transaccionado e 39 por cento da capitalização bolsista. Em contrapartida, as telecomunicações (Portugal Telecom e TELECEL) e a EDP, sectores não cotados num passado recente, representam agora quase 25 por cento da capitalização bolsista.

A manutenção da perspectiva de crescimento dos resultados das empresas, a descida das taxas de rentabilidade no mercado obrigacionista e a continuação do programa de privatizações não deixarão de contribuir para a diversificação e dinamização do mercado accionista.

O processo de modernização e desenvolvimento do mercado de capitais português tem sido favorável, convergin-do-se rapidamente para os mais elevados padrões europeus e, de acordo com a Morgan Stanley, o mercado de títulos português integrará ainda este ano os índices dos mercados desenvolvidos, abandonando a anterior classificação de mercado emergente.

1.2.9 — Balança de Pagamentos

Em 1996, o saldo da balança de transacções correntes registou um défice de 412,2 milhões de contos (-2,5 por cento do Produto Interno Bruto), o que configura um agravamento face a 1995, ano em que o défice registado foi de 0,7 por cento do Produto Interno Bruto. Este agravamento deriva, essencialmente, da redução dos saldos das balanças de rendimentos e de transferências unilaterais, as quais diminuíram, respectivamente, 0,5 e 0,6 pontos percentuais em relação ao Produto Interno Bruto.

Quadro 1-3 Balança de Pagamentos

(Base Transacções)

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de disponibilidades ou a um aumento líquido (diminuição liquida) dc responsabilidades.

Fonte: Banco de Portugal.

Nos primeiros sete meses de 1997 o défice da balança de transacções correntes, numa base de liquidações, situou--se 8,8 milhões de contos abaixo do verificado em período homólogo do ano precedente, estando esta recuperação associada a melhorias ao nível da balança de transferências unilaterais, sobretudo públicas, não obstante um aumento do défice da balança comercial.

Os sete primeiros meses de 1997, face ao período homólogo do ano precedente, registaram um agravamento do défice comercial e da balança de rendimentos, concom/fanfe com um aumento significativo das transferências unilaterais, sobretudo as públicas.

O agravamento do défice comercial verificado entre Janeiro e Julho resulta, em larga medida, do aumento de cerca de 180 milhões de contos registado nas importações de mercadorias.

Ao nível da balança de serviços, refira-sc a ocorrência, em igual período, de uma ligeira melhoria, traduzida num reforço do respectivo excedente.

A balança de rendimentos apresenta, até Julho, uma evolução desfavorável, face ao mesmo período do ano precedente, de 12,9 milhões de contos, a qual se deve a uma redução no saldo, quer dos rendimentos de capital, quer dos outros rendimentos.

Nos sete primeiros meses de 1997, o saldo das transferências unilaterais registou um acréscimo de quase 107 milhões de contos, dos quais 35 milhões foram relativos a transferências privadas (remessas de emigrantes, na sua quase totalidade) e cerca de 72 milhões relativos a transferências, públicas (destas, cerca de 100 milhões foram provenientes da União Europeia).

O saldo da balança de capitais não oficiais registou, nos primeiros sete meses de 1997, um valor de 457,8 milhões