O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

16 DE OUTUBRO DE 1998

148-(559)

O investimento, deverá registar uma desaceleração em 1998 (crescimento estimado de 8 por cento), face ao ano transacto (13 por cento), conforme sugere o respectivo indicador coincidente. Por tipo de bens, observa-se uma desaceleração do investimento em construção e material de transporte e alguma aceleração do investimento em máquinas.

Gráfico 1-3 Indicador Coincidente FBCF

Valores Normalizados. VH, Médias Móveis de 3 Meses

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

De acordo com os resultados apurados no Inquérito ao Investimento de Abril último, realizado pelo INE, a generalidade dos sectores admite um comportamento positivo para o investimento em 1998, exceptuando designadamente o sector da construção. O investimento a realizar continua a ter por objectivo o aumento da capacidade produtiva, verifican-do-se ainda um aumento, face a 1997, na percentagem de empresas que admite um efeito positivo dos investimentos a realizar na criação de postos de trabalho.

No que respeita à construção, o ano de 1998, após os bons resultados estimados para 1997, é marcado por um abrandamento das obras públicas, em consequência da conclusão contemporânea de um conjunto significativo de importantes projectos, como a Ponte Vasco da Gama e outras infra-estruturas viárias. Também a conclusão da Exposição Mundial de Lisboa, bem como a suspensão de trabalhos na respectiva zona de intervenção, terão concorrido para um abrandamento do investimento na construção. O sector habitacional, por seu , lado, mantém uma dinâmica crescente, facto patenteado, inter alia, pela extraordinária expansão do crédito à habitação, influenciada pela descida das taxas de juro e pela crescente concorrência bancária no segmento de crédito à habitação.

Ao nível do comércio externo, as importações, reflectindo a desaceleração do investimento, deverão registar um crescimento de 10,5 por cento em 1998 (10,8 por cento em 1997). As importações de bens de consumo mantêm taxas de crescimento elevadas, tendo-se verificado uma aceleração das importações de bens de consumo alimentares no primeiro trimestre de 1998. O total das importações registou uma aceleração no segundo trimestre de 1998.

As exportações deverão registar, em 1998, um crescimento real de 10,8 por cento (8,4 em 1997), reflectindo o reforço àa actividade económica nos principais mercados. De referir a aceleração registada, no primeiro trimestre de 1998, pelas exportações de bens de equipamento. Por seu lado, o aumento das receitas de turismo, decorrente da realização da Exposição Mundial de Lisboa, concorre para uma melhoria expressiva das exportações de serviços.

Dado o ritmo mais acelerado estimado para as exportações, face às importações, o contributo da procura externa liquida para o crescimento do PIB em 1998, será menos negativo que no ano precedente (-0,6 por cento).

Gráfico 1-4 Comércio Externo de Mercadorias

(Taxas de crescimento em volume, em %)

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

1.2.2 Oferta

A actual fase de expansão da actividade económica é claramente expressa no forte crescimento da produção industrial e na recuperação do sector do comércio, bem como dos demais serviços. O sector da construção e obras públicas, após uma significativa expansão em 1997, apresenta sinais de abrandamento, continuando a dar um contributo positivo significativo para o crescimento do PIB.

A produção industrial, reflectindo o estímulo da procura global, apresenta, nos primeiros sete meses de 1998, os níveis mais elevados da actual fase de expansão do ciclo económico, desde finais de 1993. Neste período mais recente, é de destacar o dinamismo registado pela indústria produtora de bens de investimento, bem como o crescimento das horas trabalhadas na indústria. No entanto, influenciado pela desaceleração da produção de bens de consumo, a produção do conjunto Indústria Transformadora registou um abrandamento a partir de Abril pasado.

A taxa de utilização da capacidade produtiva da indústria transformadora, que atingiu um máximo de 83 por cento no primeiro trimestre de 1998, é de 81 por cento no segundo trimestre, 1 ponto percentual acima do valor registado no período homólogo de 1997, estando 8 pontos percentuais acima do mínimo registado no terceiro trimestre de 1993. O sector de bens de equipamento (excluindo Material de Transporte) registou também um máximo no mesmo período, com uma taxa de utilização de 90 por cento, 8 pontos percentuais acima da taxa observada no período homólogo de 1997.

Gráfico 1-5 índice de Produção Industrial

Indústria Transformadora (1990=100)

"VER DIÁRIO ORIGINAL"