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II SÉRIE-A — NÚMERO 8

referência. No entanto, devido às diferentes posições cíclicas e expectativas de politica monetária, à depreciação do dólar americano e da libra esterlina (em cerca de 6 e 4 por cento

nos primeiros nove meses de 1998 face ao final de 1997), a taxa de câmbio efectiva nominal do escudo registou uma apreciação de l ,4 por cento.

Gráfico Ml Taxa de CãtnbiO do Escudo face ao Marco

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A estabilidade cambial, o processo de consolidação orçamental e o progresso alcançado na redução da inflação, com a diminuição do diferencial de inflação face aos padrões comunitários, estiveram associados à política de redução das taxas de juro de intervenção do Banco de Portugal. Entre Janeiro e 15 de Outubro, o Banco de Portugal desceu por cinco vezes a taxa de cedência regular de liquidez, a taxa de absorção regular de liquidez e da linha de crédito diária («facilidade permanente»), perfazendo um total de 130 pontos base para a primeira destas taxas, situada em 4 por cento na primeira quinzena de Outubro e, um total de 120 pontos base para as duas restantes, situando-se em 3,7 e em 5,7 por cento, respectivamente. Deste modo, o diferencial da taxa de cedência de liquidez entre Portugal e a Alemanha estreitou-se, passando de 2 pontos percentuais no final de 1997 para 0,7 pontos percentuais no mesmo período.

Acompanhando a evolução das taxas de intervenção, as taxas de juro dos mercados monetários registaram uma diminuição ao longo dos primeiros nove meses de 1998. As taxas de juro de operações com prazo superior a um mês tiveram uma descida mais acentuada, de cerca de 0,9 pontos percentuais, enquanto que as operações com prazo inferior a um mês desceram, em média, cerca de 0,7 pontos percentuais. A taxa de juro overnight diminuiu para 4,4 por cento em Setembro^,1 por cento em Dezembro de 1997). As taxas Lisbor para os prazos de 1, 3,6 e 12 meses registaram descidas, em cerca de 0,8 pontos percentuais nos primeiros nove meses de 1998, situando-se no final de Setembro em 4,41 por cento para o prazo de 1 mês, em 4,28 por cento para o prazo de 3 meses, em 4,03 por cento para o prazo de 6 meses e em 3,94 por cento para o prazo de 12 meses.

Esta tendência é também evidente nas taxas de juro das operações bancárias activas e passivas, tendo, até Julho, os empréstimos e créditos de operações, a mais de 5 anos registado a maior diminuição. Entre Dezembro de 1997 e Julho de 1998, estas diminuíram 2,3 pontos percentuais.

No primeiro semestre de 1998, continuou a verificar-se uma redução dayielddas OT a 10 anos, tendo passado de 5,6 por cento no final do ano de 1997 para 4,3 por cento no final

de Setembro. O diferencial em relação à Alemanha aumentou para 0,4 pontos percentuais no final de Setembro (0,285 p.p. no final de 1997), o que se deve a uma mais acentuada redução da. yield alemã. Face kyield das OT a 10 anos dos EUA, reduziu-se o diferencial negativo entre o final de 1997

e o final de Setembro de 1998, situando-se perto de 0 poflfOS percentuais. Em relação ao Reino Unido, o diferencial man-teve-se em 0,8 pontos percentuais.

Gráfico 1-12 Diferenciais de Taxas de juro de Longo Prazo

(Obrigações Benchmark a 10 anos)

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O agregado monetário em sentido lato (L") evidenciou uma ligeira aceleração seguida de desaceleração ao longo do primeiro semestre de 1998, apresentando em Julho uma taxa de crescimento de 8,2 por cento relativamente ao mês homólogo de 1997. O comportamento do L" reflecte a aceleração do agregado M2", que cresceu 8,7 por cento em termos homólogos.

Em Julho de 1998, o crédito interno bancário (saldos de fim de mês) registou uma taxa de crescimento de 13,5 por cento, superior à de 1997 (9,6 por cento). Esta evoiu-ção reflecte essencialmente o comportamento do crédito a empresas e particulares (crescimento de 24 por cento), dado que se manteve a tendência de queda do crédito liquido ao Sector Público Administrativo, tendo este agregado registado uma descida homóloga de 29,8 por cento, o que compara com uma variação negativa de 33,5 por cento em 1997.

Em termos de saldos de fim de trimestre, o total do crédito bancário às empresas não financeiras aumentou 17 por cento em termos homólogos em Junho passado, representando uma aceleração de 0,9 pontos percentuais face àtaxa observada em Junho de 1997. Cerca de 41 por cento do aumento do crédito foi utilizado para o investimento e cerca de 45 por cento desse crédito era de longo prazo (mais de 5 anos). O total do crédito aos particulares era de 7 332 milhões de contos no final de Junho (um aumento de 32 por cento em termos homólogos), 74,5 por cento dos quais aplicados na aquisição de habitação. Em Dezembro de 1996, o stock de crédito bancário a particulares para outros fins