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16 DE OUTUBRO DE 1998

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era perto dos dez por cento do rendimento disponível das famílias; de acordo com os dados disponíveis este rácio terá aumentado em 1997.

O Novo Regime Monetário

A partir de 1 de Janeiro de 1999, com a entrada em vigor da terceira fase da União Económica e Monetária, a definição da política monetária na área do euro estará a cargo do Banco Central Europeu (BCE) e a responsabilidade da sua execução recairá sobre o Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC). A política monetária, que será uniformemente aplicada nos Estados-membros, terá como objectivo a manutenção da estabilidade dos preços.

O euro passará a ser a moeda dos Estados-membros participantes na UEM. No entanto, o processo de introdução do euro será gradual e durará aproximadamente quatro anos, de forma a permitir a adaptação dos agentes económicos ao novo enquadramento económico.

Na fase A, actualmente a decorrer, iniciou-se. em Maio último, aquando da decisão sobre os Estados-membros que reuniam as condições para participar na moeda única, e pro-longa-se até Dezembro de 1998. Durante esta fase, a condução da política monetária mantém-se a cargo dos Bancos Centrais Nacionais, tendo como objectivo preservar a situação actual de estabilidade de preços. Neste período, o BCE prepara-se para o pleno funcionamento e o sector financeiro adapta-se para a utilização do euro como moeda escriturai já a partir de Janeiro de 1999.

A fase B, corresponde ao período de transição, e durará entre 1 de Janeiro de 1999 e 31 de Dezembro de 2001. A 1 de Janeiro de 1999 serão irrevogavelmente fixadas as taxas de conversão entre o euro e as moedas participantes e será adoptada a política monetária e cambial única.

Na fase C, com início em Janeiro de 2002 e uma duração máxima de seis meses, introduz-se a circulação de notas e moedas em euros e inicia-se a retirada das unidades monetárias nacionais. Será um período de dupla-circulação de euros e unidade monetária nacional, que terminará no máximo a 30 de Junho de 2002, data a partir da qual as notas e moedas nacionais perdem o estatuto de curso legal.

1.2.7 Mercado de Capitais

A dinâmica no mercado de capitais, nomeadamente no mercado accionista, foi muito viva em 1997 e nos quatro primeiros meses de 1998. No entanto, a partir de Maio, o mercado bolsista nacional registou flutuação e quebra do volume de negócios e das cotações. A flutuação das bolsas de valores internacionais, em sintonia com a instabilidade dos mercados asiáticos e do agravamento da crise económica-financeira e política na Rússia, e uma esperada correcção técnica condicionaram a evoluçâodas bolsas de valores nacionais verificada a partir de Maio e agravada na sequência da suspensão de pagamentos declarada pelas autoridades russas a 17 de Agosto passado.

O índice de cotações de acções da Bolsa de Valores de Lisboa (BVL 30) aumentou 4,2 por cento entre Dezembro de 1997 e Setembro do corrente ano (no dia 13 de Outubro p.p., o tadke BVL 30 fechou cerca de 7 pontos percentuais acima do verificado no final de 1997).

Gráfico 1-13 Índices de Cotação Bolsista

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

As privatizações realizadas em 1998, correspondendo à 3a fase da CIMPOR e à 2a e 3a fases da EDP, contribuíram para o forte crescimento da capitalização bolsista em acções. Assim, entre Agosto do ano transacto e o mesmo mês de 1998, a capitalização bolsista das acções quase que duplicou, situando-se em 10 341,1 milhões de contos, no mês de Agosto e, em que cerca de 50 por cento deste valor corresponde à capitalização bolsista de empresas privatizadas. Por este facto, assiste-se a um reforço do peso da capitalização bolsista total no Produto Interno Bruto, contabilizado em cerca de 97 por cento em 1998, que compara com um peso de 80 por cento ho ano de 1997.

Nos primeiros nove meses de 1998, as transacções de valores mobiliários no mercado secundário global da BVL registaram um elevado crescimento, de 90,2 por cento face ao período homólogo de 1997, representando já cerca 128 por cento do valor do total transaccionado no ano de 1997.

Não obstante o crescente desenvolvimento do mercado de derivados, a evolução da Bolsa de Derivados do Porto foi condicionada pela da Bolsa de Valores de Lisboa, tendo sido transaccionados 2 154 873 contratos durante os primeiros oito meses de 1998, dos quais cerca de 89 por cento dizem respeito aos futuros sobre o PSI 20 e acções e os restantes aos futuros relacionados com as taxas de juro. É de salientar que, a Bolsa de Derivados do Porto transaccionou, desde o início da sua actividade (há cerca de dois anos), mais de 24 mil milhões de contos. Entre Dezembro de 1997 e Setembro de 1998, o índice PSI 20 aumentou 1,8 por cento (a 6 de Outubro p.p. estava cerca de 3 pontos percentuais abaixo do ». valor registado no final de 1997). 

1.2.8 Balança de Pagamentos

Em 1997, o saldo da balança de transacções correntes, de acordo com o Banco de Portugal, registou um défice de 322,2 milhões de contos, 1,8 por cento do Produto Interno Bruto, 94 que configura um ligeiro agravamento face a 1996, ano em/ . que o défice foi de 1,4 por cento do Produto Interno Brutot Este agravamento deriva, essencialmente, do aumento do défice da Balança de Mercadorias, que passou de 8,6 por cento do Produto Interno Bruto em 1996, para 9,3 por cento em 1997.

Em 1997, o crescimento significativo das importações de bens

de equipamento e de material de transporte, induzido pelo forte