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II SÉRIE-A — NÚMERO 8

Nos oito primeiros meses do ano, o consumo de fuelóleo na indústria (excluindo o consumo da CPPE) aumentou 5,9 por cento (5,9 por cento em igual período de 1997). O consumo de gás propano, por sua vez, diminuiu 7,8 por.cento neste período (cresceu 3,8 por cento em igual período de 1997), influenciado pela introdução de gás natural.

0 abrandamento das obras públicas, referido acima, afectou o ritmo de evolução do sector da construção, não obstante o significativo dinamismo demonstrado pelo subsector da habitação. As opiniões expressas relativamente à carteira de encomendas e às perspectivas de actividade não permitem antever uma aceleração da actividade, facto que é comum a todos os subsectores.

No que se refere aos serviços, o turismo apresenta uma boa performance, em virtude da realização da Exposição Mundial de Lisboa. O comércio regista um crescente dinamismo, mais acentuado no segmento por grosso. Também nos saldos do Inquérito de Conjuntura aos Serviços Prestados às Empresas transparece um sentimento de melhoria da actividade e das perspectivas futuras, por parte dos empresários do sector.

No âmbito do esforço de modernização e reestruturação da economia portuguesa, é de assinalar, em 1998, a introdução do gás natural como fonte energética para uso doméstico e industrial, diversificando-se assim as fontes energéticas da economia.

1.2.3 Merendo de Trabalho

O maior dinamismo da actividade económica, verificado a partir de 1995, tem-se reflectido positivamente no comportamento do mercado de trabalho. No entanto, apesar das melhorias verificadas, subsistem problemas ao nível da qualificação da mão-de-obra, que colocam dificuldades de adaptação face às necessidades actuais e previsíveis da procura de trabalho.

Entre 1995 e 1997, a taxa de actividade, cuja evolução tem geralmente um comportamento pró-cíclico, aumentou cerca de 1 ponto percentual, após ter diminuído de 1993 a 1995, situando-se em 49,5 por cento em 1997. O emprego total, que em 1995 diminuiu 0,6 por cento, registou um aumento de 1,9 por cento em 1997 (0,6 por cento em 1996) tendo o emprego por conta de outrem aumentado 1,4 por cento (-0,4 e -1 porcento, respectivamente, em 1996 e 1995).

Neste período, na evolução sectorial do emprego destacam-se, fundamentalmente, a redução do emprego industrial, o moderado crescimento do emprego nos serviços e o forte crescimento do emprego nà construção e obras públicas.

Em 1997, verificou-se, pela primeira vez nos últimos anos, uma diminuição do número de desempregados. Esta evolução permitiu um decréscimo da taxa de desemprego para 6,7 por cento em 1997,0,5 pontos percentuais abaixo da registada em 1995. Esta redução da taxa de desemprego ocorreu tanto para homens (6,5 por cento em 1996 para 6,1 por cento em 1997) como para mulheres (8,2 por cento em 1996 para 7,6 por cento em 1997). A taxa de desemprego dos jovens (15 a 24 anos) diminuiu de 16,7 por cento em 1996 para 14,8 por cento no ano passado. De acordo com o novo Inquérito ao Emprego do INE, no primeiro semestre de 1998 a taxa de desemprego das mulheres reduziu-se para 6,5 por cento, a dos homens foi de 4,3 por cento, enquanto a dos jovens se

situou em 10,3 por cento. A evolução favorável do desemprego reflectiu-se também na redução do número de beneficiários do subsídio de desemprego e do subsídio social de desemprego, passando de 182,4 mil em 1996 (176,4 mil em 1995) para uma estimativa de 164,1 mil em 1997. A prestação média anual por beneficiário aumentou de 776,8 contos em 1996 para 785 contos em 1997.

Com a continuação da recuperação da actividade económica, tem-se verificado um aumento nas ofertas de emprego, conforme evidenciado no gráfico seguinte. Nos primeiros oito meses de 1998, as ofertas aumentaram 25 por cento relativamente ao período homólogo de 1997. Por sua vez, as colocações efectuadas pelos Centros de Emprego aumentaram, no mesmo período e em termos homólogos, 20 por cento.

Gráfico 1-6 Ofertas de Emprego

(ao longo do período, milhares)

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Fontes: IEFP, MF

De acordo com a chamada curva de Beveridge, em períodos de expansão da actividade económica, ao aumento das ofertas de emprego por satisfazer deverá associar-se uma descida da taxa de desemprego. Em 1997 verificou-se esta relação, no entanto, as ofertas por satisfazer e a taxa de desemprego são superiores às verificadas no período correspondente do ciclo anterior, sugerindo um ligeiro aumento do desajustamento entre a procura e a oferta de trabalho. Os dados mais recentes sugerem uma redução desse desajustamento que, no entanto, poderá ser temporário.

Gráfico 1-7 Curva de Beveridge

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Notas: 97: 3° e 4o trimestres de 1997 (Inquérito ao Emprego série 1998);

98 IS: Io Semestre de 1998 (Inquérito ao Emprego série 1998). Fontes: INE - Inquérito Trimestral ao Emprego e Instituto de Emprego e Formação Profissional.