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0355 | II Série A - Número 018 | 02 de Fevereiro de 2000

 

recentes no sector, nas áreas atrás referidas e que vêm confirmar a sua dinamização. Ainda a referir as actividades de mecânica e construção civil, que empregam uma parte da população da freguesia.
No campo comercial, a freguesia proporciona aos seus residentes uma vasta variedade de bens alimentares e não alimentares de venda a retalho. A juntar a esta oferta, a população dispõe ainda de um mercado que se realiza todos os sábados e outro quinzenal que acontece a todos os dias 10 e 28 do mês.
A actividade industrial é dinâmica na vila de Fiães, protagonizada por pequenas e médias empresas em elevado número com incidência nos sectores da construção civil e obras públicas, cortiça, calçado, madeira e mobilário, metalurgia e metalomecânica, panificação, papel, cerâmica e confecção. A vila tem em construção uma zona industrial.
O sector terciário em Fiães também se mostra dinamizado e vasto. A actividade comercial apoia-se, no pequeno comércio destacando-se estabelecimentos de bebidas, restauração, livrarias, fotógrafos, actividades de diversão e lazer, floristas, drogaria, comercio de combustíveis e lubrificantes, artigos desportivos, relojoaria, pronto a vestir, comércio de mobiliário, sapatarias, mini-mercados, peixarias, fretarias, isolamentos, comércio de automóveis e acessórios e comércio de electrodomésticos. Dos serviços destacam-se gabinetes de projectos, advogados, seguros, consultórios médicos, de meios auxiliares de diagnóstico, agências de viagens, bancos, barbearias e cabeleireiros, posto dos correios, gabinetes de apoio a empresas e lavandaria.

III - Equipamentos e Actividade Social e Cultural
A vila de Fiães tem no seu território um parque escolar constituído por oito estabelecimentos de ensino pré escolar, dos quais cinco são públicos e três privados; oito escolas do 1.º ciclo do ensino básico, uma escola básica 2,3 pública e uma para o ensino secundário. É sede da Delegação Escolar.
No domínio da saúde, Fiães está dotada com uma extensão do Centro de Saúde, (Posto Médico), Laboratórios de Análises Clínicas e Farmácia para além, como se referiu, da oferta da actividade clínica privada.
No que concerne à solidariedade e acção social existe em Fiães um Centro Social (Padre José Coelho) que dispõe de valências desde a primeira infância até à dos idosos.
O Centro de Assistência e Promoção Social e o Centro Infantil de Fiães também têm actividade neste domínio.
A vitalidade cultural e social de Fiães é desenvolvida em pavilhões polivalentes, campos de jogos de grandes e pequenas dimensões, campos de ténis, circuito de manutenção e piscina. Está em ampliação a zona desportiva.
No que se refere à cultura e lazer a população usufrui de biblioteca pública, com serviço itinerante, salões de festas, escolas de música e dança e imprensa local.
Presentes estas infra-estruturas o movimento associativo é variado e participado.
As principais associações são o Clube Desportivo de Fiães, Fiães Sport Clube, Grupo Musical de Fiães, Sociedade Columbófila de Fiães, Comissão de Defesa do Património e Acção Cultural (CDPAC), Grupo Animadores de Jovens, Centro de Cultura e Desporto, Agrupamento de Escuteiros, Casa do Povo do Centro da Feira, Rancho Infantil de Fiães e Grupo de Teatro.
Como principais pólos de atracção turística destaca-se o património monumental de Fiães, com incidência para a Igreja Matriz e o Infantário, a Estação Arqueológica de Fiães e o Monte das Pedreiras.
O artesanato é rico e variado. É constituído especialmente por peças em madeira, cortiça, bordados e rendilhas.
Têm tradição as festas em honra de Nossa Senhora das Neves e São Domingos que se realizam em Agosto e a Nossa Senhora da Conceição em Dezembro.
Em termos de mobilidade a população local tem ao seu dispor serviços de transportes públicos de camionagem, serviços de táxi e a cerca de dez quilómetros o transporte ferroviário.
Quanto à qualidade de vida, Fiães dispõe de uma rede pública de distribuição domiciliária de água que já chega a 80% dos habitantes. O serviço de recolha domiciliária de resíduos sólidos realiza-se em toda a freguesia existindo ecopontos para a selecção do vidro, papel e plástico.

IV - Razões históricas
Foi donatário de Fiães o mosteiro de Pedroso, que apresentava e nomeava o pároco. Refere-se que a freguesia "desfrutava dos privilégios e isenções de honra; o padroado de Fiães passou a Congregação de S. João Evangelista (frades loios) em 1590, por uma bula de Clemente VII". Segundo consta, o topónimo "Fiães" advém de uma antiga Ulfilanis villa, (Quinta ou propriedade de um indivíduo chamado Ulfila), no período de ocupação visigótica; desta Quinta se estenderia a designação a povoação que se foi desenvolvendo à volta dela: Ulfilanis, passando mais tarde, por corruptela a chamar-se Ufilanis, depois Ufianis, passando para Ufiães, que viria a dar origem ao nome actual. Existem testemunhos materiais de no Monte de Santa Maria, também conhecido por Monte Redondo, ter aí habitado uma comunidade luso-romana junto da capela. Aqui se podem também encontrar vestígios de construções castrejas.
Na verdade, a topografia local oferece condições naturais defensivas para a fixação destes povos. "Da conjugação das distâncias atribuídas no Itinerário chamado de Antonino Pio, ao troço da estrada de Cale a Lancóbriga, e da actual Vila Nova de Gaia a Fiães, resulta para muitos arqueólogos a convicção de que nesta freguesia da Feira se deve localizar o oppidum luso-romano de Lancóbriga, onde Plutarco declara ter-se passado urna notável acção militar de Sertório que destruiu, com seus ardis, a estratégia debalde posta em prática pelos generais romanos Metelo e Aquino, no cerco àquela cidade, que esperavam vencer pela sede. "(id) Na realidade, já em 1758, as Informações Paróquias faziam referência ao imenso espólio arqueológico aqui encontrado. Este espólio continuou a ser descoberto ao longo dos tempos, e hoje encontra-se na sua maior parte depositado no Museu Arqueológico do Museu de Antropologia do Porto.
Como parece estar fora de dúvida o "Castro de Fiães" que apresenta um alto índice de romanização, situa-se no período que vai do século I ao século V da era cristã e terá tido o seu apogeu nos séculos IV e V.