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75 | II Série A - Número: 012S2 | 16 de Outubro de 2004

Envolvente do Financiamento Após os elevados níveis de volatilidade verificados ao longo de 2002 e grande parte do ano seguinte, o comportamento dos mercados financeiros revelou uma maior estabilidade a partir da segunda metade de 2003, à medida que se foram reduzindo alguns dos factores de incerteza que a ela tinham dado origem.
A consolidação da recuperação da actividade foi um dos elementos que mais terá contribuído para este comportamento, nomeadamente graças à acentuada aceleração do crescimento económico registada nos EUA e no Japão. Na Europa também se observou uma maior sustentação da retoma, principalmente na primeira metade de 2004, embora a área do euro tenha revelado menor dinamismo que noutras regiões.
Em conformidade com este cenário macroeconómico mais optimista, as taxas de juro dos prazos mais longos registaram uma trajectória de subida ao longo da segunda metade de 2003 e início de 2004, em antecipação ao início de um novo ciclo de subidas de taxas directoras por parte dos bancos centrais (iniciado nos EUA em Junho de 2004 e em Inglaterra, ainda no final de 2003).
Em Portugal, as taxas de rendibilidade dos títulos de dívida pública registaram uma evolução semelhante à observada pelos benchmark alemães (a principal referência para a área do euro), mantendo um diferencial reduzido para as taxas de juro dos Bund (em torno de 10 pontos base).
Necessidades e Fontes de Financiamento do Estado em 2004 As necessidades líquidas de financiamento do sub-sector Estado em 2004, apuradas na óptica da contabilidade pública, deverão situar-se em cerca de 7 mil milhões de euros. Em relação a 2003, este valor traduz um aumento de 1853,8 milhões de euros, cerca de 1,4 pontos percentuais do PIB, e que decorre fundamentalmente do aumento do défice orçamental, que se estima num valor equivalente a 1,5 ponto percentual do PIB, valor que é compensado parcialmente pelo maior volume de receitas de privatização aplicadas na amortização de dívida.
As amortizações de dívida fundada deverão registar um acréscimo em face do valor do ano anterior, na ordem de 3,8 mil milhões de euros. O maior volume de amortizações de dívida verifica-se, sobretudo nas maturidades de médio e longo prazo, com o vencimento de Obrigações do Tesouro no valor nominal de cerca de 5,2 mil milhões de euros. Em comparação com o ano anterior, as amortizações de dívida de curto prazo em euros aumentarão em cerca de 4,3 mil milhões de euros, reflectindo a continuidade do programa de emissão de BT, que atingirá este ano a sua velocidade de cruzeiro.
As necessidades brutas de financiamento deverão atingir cerca de 21,8 mil milhões de euros em 2004.