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11 | II Série A - Número: 029 | 13 de Dezembro de 2007

I.3. Cenário de Médio Prazo Desde o final da década de 90 até 2006, o produto potencial português registou uma tendência de desaceleração, devido, principalmente, à deterioração da produtividade dos factores de produção. Em 2007, observou-se uma inversão dessa tendência que deverá perdurar até ao final do período de projecção, em resultado de um significativo incremento da produtividade e do aumento de capital, que mais que compensam a diminuição do contributo do factor trabalho, num contexto de envelhecimento da população e de tendência decrescente do número de horas trabalhadas por trabalhador. Estes desenvolvimentos deverão reflectir, em parte, os efeitos do conjunto das reformas estruturais implementadas tanto no sector público como privado, com vista a aumentar a eficiência na aplicação dos recursos e a incentivar o investimento produtivo.
No médio prazo, entre 2009 e 2011, projecta-se que a economia portuguesa continue a crescer a um ritmo superior ao do produto potencial, estabilizando em 2010 e 2011 em 3%, aproximadamente a média do crescimento dos últimos 30 anos, pelo que o hiato do produto deverá tornar-se positivo em 2011. Projecta-se também, neste triénio, um diferencial positivo de crescimento face à média europeia.

Gráfico 4. PIB efectivo e potencial e hiato do produto -8
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1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011
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Hiato do produto (escala da esquerda)
PIB efectivo (escala da direita)
PIB potencial (escala da direita) Fontes: INE e Ministério das Finanças e da Administração Pública. PIB potencial estimado com base na metodologia da Comissão Europeia.

Para o cenário de médio prazo, pressupôs-se o prolongamento do padrão de crescimento previsto até 2008. Assim, a economia deverá continuar a beneficiar principalmente da aceleração da procura interna, liderada pelo dinamismo do investimento (FBCF), não obstante esperar-se que o crescimento das exportações se mantenha forte. O contributo da procura externa deverá, contudo, deteriorar-se, em virtude da aceleração das importações.
No que diz respeito à procura interna, prevê-se que, a partir de 2009, o investimento venha a constituir a componente mais dinâmica, contando com a continuação do comportamento favorável do investimento empresarial, mas também com a retoma do investimento público. O consumo privado deverá registar uma aceleração, em consonância com a melhoria esperada das condições do mercado de trabalho, mas