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12 | II Série A - Número: 029 | 13 de Dezembro de 2007

moderada, dadas as restrições associadas aos elevados níveis de endividamento das famílias. Projectase que o contributo do crescimento do consumo público para o andamento da procura interna recupere ligeiramente durante o período em análise.
Subjacente à evolução das exportações, estão os pressupostos acerca do prosseguimento da tendência de moderação salarial e do aumento da competitividade da economia portuguesa, fruto do processo de reestruturação do tecido produtivo e da implementação de políticas de reformas estruturais. Desta forma, em linha com o abrandamento dos mercados externos, as exportações deverão desacelerar face a 2008, mas mais moderadamente, em virtude dos ganhos esperados de quotas de mercado. Por sua vez, as importações deverão acelerar, reflectindo o comportamento da procura interna e conduzindo a uma deterioração do contributo das exportações líquidas para o crescimento do PIB. Deste modo, o processo de diminuição do défice da balança comercial deverá abrandar ao longo do período, prevendo-se um défice de 8,4% do PIB em 2011 (-10% do PIB em 2006). As necessidades de financiamento da economia portuguesa face ao exterior deverão manter uma tendência descendente, reflectindo o aumento da poupança interna, também em resultado do processo de consolidação orçamental.
Num contexto económico mais favorável, as condições do mercado de trabalho deverão melhorar, prevendo-se que a taxa de desemprego diminua para 6,6% em 2011. O emprego deverá acelerar, tendo-se assumido uma repartição igualitária entre os contributos do aumento do emprego e da produtividade para o crescimento do PIB. Relativamente à evolução dos preços, o cenário de médio prazo prevê uma estabilização da inflação em torno de 2,1%, tendo em consideração a ausência de pressões sobre a capacidade produtiva (o hiato do produto fecha apenas em 2011), assim como os pressupostos sobre a contenção de custos e de margens de lucro e a hipótese técnica de estabilização do preço das matérias-primas.

I.4. O Plano Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego Completou-se em 2007 o segundo ano de implementação do Plano Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego 2005/2008 (PNACE) apresentado em 2005 no âmbito do processo de concretização das orientações e prioridades da Estratégia de Lisboa Renovada. A sua execução, assente no fomento da articulação de um amplo conjunto de medidas de natureza macroeconómica, microeconómica e emprego, orientadas para a promoção do potencial de crescimento económico e de desenvolvimento sustentável, continua a reflectir o sucesso da estratégia inicialmente delineada para a modernização do país: • retornar a credibilidade do País através da consolidação das contas públicas e da aplicação de políticas fortes, transparentes e focalizadas; • restabelecer a confiança do País, através do crescimento económico, da melhoria do contexto jurídico e legal e do investimento público em sectores chave da economia, visando dessa forma atrair mais investimentos privados; • aumentar a competitividade da economia portuguesa, através da implementação do Plano Tecnológico e da desburocratização dos procedimentos públicos; • reforçar a coesão social, territorial e ambiental através de políticas voltadas para o emprego, a educação e a qualificação, com um foco específico na formação ao longo da vida.