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9 | II Série A - Número: 029 | 13 de Dezembro de 2007

A procura interna deverá registar uma melhoria significativa, determinada essencialmente pela evolução favorável do investimento. A formação bruta de capital fixo (FBCF) deverá crescer, respectivamente, 1% e 4% em 2007 e 2008 (-1,6% em 2006), associado a um comportamento mais favorável do investimento empresarial, que tem beneficiado do dinamismo das exportações e da melhoria do clima de confiança na indústria. Por tipo de bens, o investimento em bens de equipamento deverá ser o mais dinâmico.
O consumo privado, por sua vez, deverá manter um crescimento moderado, ainda que evidenciando uma ligeira tendência de aceleração, em virtude das perspectivas mais favoráveis em relação à evolução do emprego no próximo ano e da estabilização esperada das taxas de juro, após uma trajectória ascendente em 2006 e 2007. O consumo público, em resultado do processo de consolidação orçamental, deverá continuar a registar uma diminuição em termos reais. As exportações deverão continuar a ser a componente mais dinâmica da procura global, prevendo-se contudo alguma desaceleração, reflectindo o abrandamento esperado da procura externa relevante. Esta desaceleração deverá ser mais pronunciada no caso dos bens, continuando os serviços a evidenciar um crescimento acima da média total das exportações. Não obstante, deverão continuar a verificar-se ganhos de quotas de mercado, em reflexo da diversificação geográfica dos mercados de exportação e da reorientação no padrão de especialização da estrutura exportadora, com a gradual perda de peso dos sectores de baixa intensidade tecnológica (mais vulneráveis à concorrência internacional, em particular das economias emergentes).

Gráfico 3. Estrutura das exportações por intensidade tecnológica (peso no total, %) 63,5
50,5
35,3
13,3
12,7
21,8
6,5 7,3
11,7
31,1
29,6
16,7
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
1986 1996 2006
Baixa Média-baixa Média-alta Alta Fontes: Banco de Portugal e Ministério da Economia e da Inovação.

As importações deverão registar em 2007 um crescimento ligeiramente inferior ao do ano anterior, mas acima do crescimento da procura interna, com a consequente continuação do aumento da taxa de penetração das importações na economia portuguesa. Para 2008 é esperada uma ligeira aceleração das importações, sobretudo devido à componente de bens energéticos e de serviços. O desagravamento do défice comercial deverá prosseguir, o que, associado ao aumento esperado das transferências da União Europeia para Portugal, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), deverá contribuir para a diminuição das necessidades líquidas de financiamento externo da economia portuguesa em 2007 e 2008 de, respectivamente, 1,8 e 1,1 p.p. do PIB. Em relação à evolução da inflação, verificou-se ao longo de 2007 uma tendência de redução da variação média do Índice de Preços no Consumidor, devendo fixar-se no final do ano em torno de 2,3%, menos 0,8 p.p. do que em 2006. Este abrandamento reflecte em grande medida a desaceleração do preço dos