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191 | II Série A - Número: 026 | 10 de Novembro de 2008

3. Assegurar e reforçar a solidez financeira do país através da consolidação das reformas na administração pública e das medidas de enquadramento orçamental, da sustentabilidade financeira do sector empresarial do estado e da eficácia e eficiência do sistema fiscal.

Os valores apresentados para as contas das administrações públicas no Orçamento do Estado para 2009 reflectem uma estabilização do saldo orçamental face à estimativa de execução para 2008, representando o valor mais baixo dos últimos 30 anos. Prevê-se para 2009 um saldo primário positivo, melhorando o já verificado na estimativa para 2008, em 0,3 p.p.

O Governo estima que a despesa total para 2009 seja de 46% do PIB, diminuindo 0,1 p.p., em percentagem do PIB.
Quanto à receita, pela análise comparativa com a estimativa para 2008, prevê-se para 2009 um crescimento nominal de 2,9%, pese embora esta diminua 0,1 p.p., em percentagem do PIB.

m ilh õ es de euro s %P I B m ilh õ es de euro s %P I B
Rec eit a T o t a l 7 3 . 8 6 0 4 3 , 9 % 7 5 . 9 9 8 4 3 , 8 % 2 , 9 %
Rec eit a F is ca l e Co ntr ibu t iv a 6 1 . 6 2 6 3 6 , 6 % 6 1 . 3 6 1 3 5 , 3 % - 0 , 4 %
Despes a T o t a l 7 7 . 5 5 6 4 6 , 1 % 7 9 . 8 4 8 4 6 , 0 % 3 , 0 %
Despes a P rim á ria 7 2 . 5 0 9 4 3 , 1 % 7 4 . 0 7 2 4 2 , 6 % 2 , 2 %
Sa ldo - 3 . 6 9 6 - 2 , 2 % - 3 . 8 5 1 - 2 , 2 % 0 p p
Sa ldo P rim á rio 1 . 3 5 2 0 , 8 % 1 . 9 2 6 1 , 1 % 0 , 3 p p
I nv estim ent o 3 . 8 4 6 2 , 3 % 4 . 3 5 1 2 , 5 % 1 3 , 1 %
Div ida P ub lica 1 0 6 . 9 6 6 6 3 , 5 % 1 1 1 . 1 7 7 6 4 , 0 % 3 , 9 %
P I B no m ina l 1 6 8 . 3 5 6 1 7 3 . 6 8 4
Fo n t e : M FA P
Q u a d r o I – Co n ta s d a s Ad m in istr a ç õ e s P õ b li c a s
2 0 0 8 ( estim a t iv a ) 2 0 0 9 ( prev is ã o ) Va ria çã o ( 0 9 - 0 8 ) 3. Enquadramento Macroeconómico

As previsões do Governo para o Orçamento do Estado para 2009 são traçadas sobre um cenário marcado por uma crise dos mercados financeiros internacionais derivada pela crise no mercado hipotecário de alto risco (subprime) americano. A turbulência financeira, o choque provocado pelo aumento do preço do petróleo e outras matérias-primas, a subida registada nas taxas de juro, o agravamento das tensões inflacionistas e a incerteza acrescida tem vindo a afectar a actividade económica das economias europeias incluindo a portuguesa.
Face a estas condições, perspectiva-se, para 2009, um crescimento do PIB de 0,6%, o que representa uma desaceleração face à estimativa do crescimento económico para 2008.
A maior dificuldade de acesso a financiamento, o aumento do custo do financiamento, o elevado grau de nível de endividamento dos particulares, e a incerteza em relação à evolução da situação económica deverão condicionar o crescimento do consumo privado, que desacelerará 0,5 p.p. face à estimativa para 2008.
Relativamente ao consumo público, este deverá aumentar de forma marginal.
Em 2009, a política de projectos e obras públicas vai potenciar o aumento do investimento com o arranque de projectos nos sectores da energia, do turismo, ferroviário e rodoviário. No entanto, dado o quadro externo mais desfavorável o crescimento do investimento deverá desacelerar ligeiramente para 1,5%.
Espera-se que o emprego desacelere ligeiramente, o que se deverá materializar numa estabilização da taxa de desemprego em 7,6%, após a redução de 0,4 p.p. no ano precedente.
A taxa de inflação deverá diminuir para 2,5% em 2009, devido à evolução dos preços das matérias-primas, Consultar Diário Original