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34 | II Série A - Número: 100 | 17 de Junho de 2010

De acordo com a Direcção-Geral de Saúde, em 2008 ocorreram em Portugal 104 280 óbitos e, segundo a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, as doenças cardiovasculares continuam a ser responsáveis por cerca de 36% de todos os óbitos ocorridos anualmente no País, realçando que todos os anos acontecem cerca de 10 000 enfartes agudos do miocárdio.
O número e tipo de ocorrências que, diariamente, podem requerer uma intervenção em SBV são tão variados quanto imprevisíveis. Fica, assim, claro até que ponto é importante que todos os cidadãos tenham treino de SBV.
Os acidentes domésticos são muito comuns. Mesmo com todo o cuidado, há objectos e situações que representam risco e podem provocar acidentes. Para as crianças e para os idosos, em especial, todas as divisões da casa podem representar um enorme risco.
Como o Portal da Saúde refere, «um tapete que não está devidamente assente com protecção antiderrapante, uma gaveta da cómoda aberta, a porta de um armário, um fio do telefone solto, podem provocar quedas e traumatismos com consequências muito graves. Por vezes, esses acidentes são tão graves que podem levar à morte».
Além dos acidentes domésticos, há que ter em conta a sinistralidade rodoviária. Segundo o Relatório Anual de Segurança Interna 2008, Portugal Continental e as regiões autónomas apresentam os seguintes números:

Total de acidentes (com vítimas e danos materiais): 34 465 Vítimas mortais: 799 Feridos graves: 2723 Feridos ligeiros: 42 331

De entre as consequências de um acidente rodoviário contam-se, entre outras, paragens cardiorespiratórias, hemorragias, amnésias, fracturas, politraumatismos, etc.
E porque os acidentes domésticos e rodoviários podem acontecer a qualquer um, a sensibilidade para esta realidade tem de ser despertada desde cedo. É importante saber reagir em tempo útil. É importante saber o que fazer, manter a calma, chamar as autoridades competentes e prestar os cuidados de saúde básicos – SBV – para manter a situação controlada até que chegue o socorro profissional.
Esta é uma matéria de extrema importância para toda a população e, é nesse sentido, que o CDS-PP apresenta esta iniciativa. O CDS-PP entende que a forma mais eficaz de, a médio/longo prazo, termos a grande maioria da população suficientemente informada e apta a prestar cuidados de SBV, como parte essencial da cadeia de sobrevivência, é introduzindo nas escolas cursos de formação nesta área, nomeadamente dirigidos aos jovens do 3.º ciclo do ensino básico. Sendo o 9.º ano o último de escolaridade obrigatória, é, assim, assegurada a universalidade da formação, bem como é maximizado o grau de maturidade dos jovens a quem esta é dirigida. Não basta, no entanto, que os cursos de SBV sejam prestados de forma facultativa. É importante que sejam ministrados por pessoal técnico competente para tal e que todas as escolas sejam obrigadas a providenciá-los, sendo a sua frequência obrigatória.
Segundo o CDS-PP conseguiu apurar, uma formação em SBV deverá ter uma duração total de 10 horas, tornando fácil e oportuno incluí-la na formação cívica pois, desta forma, não implicará um aumento da carga horária.
O Conselho Europeu de Ressuscitação aconselha a uma reciclagem da formação em SBV a cada cinco anos, período de validade dos algoritmos, sendo em 2010 em Portugal, no Porto, feita a revisão dos actuais protocolos de actuação, sendo, no entanto, aconselhada pelo ILCOR a sua actualização decorridos 2/3 anos após a formação inicial, tendo cada reciclagem a duração de 6 horas. Esta formação que o CDS-PP propõe, ao ser ministrada a jovens do 9.º ano de escolaridade, faz com que ao fim dos cinco anos já façam a reciclagem voluntariamente.
Em termos pedagógicos, esta formação também se revela muito importante, uma vez que cerca de 30% das chamadas recebidas pelo INEM são falsas, são brincadeiras de crianças, o que demonstra que elas não estão sensibilizadas para a gravidade que uma «brincadeira» destas pode acarretar. É importante que as crianças saibam que, ao fazer uma chamada falsa, podem estar a prejudicar gravemente o socorro a alguém que verdadeiramente precise, podendo efectuar-se acções de sensibilização para os adolescentes que frequentem os 7.º e 8.º ano com uma duração de 1 hora, incidindo sobre o que é o 112. Além disso, uma