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50 | II Série A - Número: 008 | 30 de Setembro de 2010

Sobre os caminhos palmilhados pelos mais antigos ocupantes desta região que os Romanos conheceram nas várias tentativas de conquista da Hispânia, vieram estes a consolidar, ainda no decorrer do séc. I, uma das suas estradas mais importantes, a via XVI do Itinerário Antonino que, de Oiisipo, por Cale, demandava Bracara Augusta.»1 No ano de 1117 a Infanta Rainha D. Teresa, mãe do primeiro Rei de Portugal, concede Carta do Couto de Osseloa a favor de Gonçalo Eriz, entre outras razões, para aí construírem uma albergaria «à beira da estrada»; «é nessa albergaria, (...), nascida para protecção e acolhimento dos homens, sobretudo viandantes, que está a origem deste lugar, que os homens aí fixados, tornando-se moradores, ao longo dos séculos souberam fazer crescer, afirmar-se, tornar-se vila e sede de concelho. O que prova, à evidência, que os homines vauguensis, a que apelou D. Teresa na sua carta, souberam dar corpo e incremento a um projecto que alguém sonhou2.
Este notável documento histórico constitui a certidão de nascimento e de baptismo de Albergaria-a-Velha e, mais do que isso, atribuem-se-lhe, ainda, foros de maior valor para a nossa nacionalidade, considerando-o o primeiro documento em que Portugal figurou com o título de reino!3.

Enquadramento geográfico e demográfico: Albergaria-a-Velha é sede do concelho com o mesmo nome e é a mais central das oito freguesias que o compõem, Albergaria-a-Velha, Alquerubim, Angeja, Branca, Frossos, Ribeira de Fráguas, S. João de Loure e Valmaior. Com 155,98 km2, fica situado na zona central do distrito de Aveiro, na Beira Litoral, Região Centro, Sub-Região do Baixo Vouga. Situada onde a serra acaba e a planície começa, mantém, por isso, um lugar de passagem obrigatório da serra para o mar. Aqui se cruzam as estradas de Viseu a Aveiro, com a principal ligação à Europa (A25), e do Porto a Lisboa (A1, A29, IC2 e Linha do Norte). É, ainda, servida pelo caminhode-ferro do Vale do Vouga, de Aveiro a Espinho.
A sua proximidade aos centros urbanos, económica e culturalmente importantes, como Coimbra, Porto, Aveiro e Viseu, não só permitiu como influenciou positivamente o seu desenvolvimento socioeconómico, progresso e melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes.
Dificilmente se encontra uma localidade com melhores vias de acesso e com mais facilidades de deslocação dentro do distrito e da Beira Litoral.
A vila compreende uma área de 26,77 km2 e contava, em 2001, com 7421 habitantes (Censos), sendo o número actual de eleitores de 7153, de acordo com o DR de 3 de Março de 2010, estimando-se que este número seja superior, dada a crescente fixação de pessoas que têm procurado esta localidade pela empregabilidade que a sua pujante e dinâmica zona industrial oferece.
Esta invejável posição geoestratégica permite manter, invariavelmente, o município de Albergaria-a-Velha na agenda de novos projectos, quer ao nível das comunicações, quer da logística, quer da Indústria ou do comércio. O projecto de construção da linha de alta velocidade (TGV) aponta a localização da Estação Regional de Aveiro para o limite da sede deste concelho com o município de Estarreja, o que conferirá à vila de Albergaria-a-Velha uma dinâmica ainda maior, tornando-a, mesmo, numa nova porta de entrada para a região e para o País com a ligação a Vilar Formoso.

Actividade económica: O desenvolvimento industrial do município é notável, sobretudo no ramo metalúrgico, de celulose e de papel, dos moldes, plásticos e cerâmica. Da sua zona industrial, com um tecido empresarial bastante diversificado, fazem parte grandes empresas nacionais e multinacionais, atraídas pelas boas infra-estruturas, pela excelente posição geoestratégica, como já vimos, pela proximidade do porto de Aveiro, da Linha do Norte e a sua privilegiada ligação rodoviária, através da A25, à vizinha Espanha.
A vila oferece um vasto leque de opções ao nível do comércio e dos serviços e beneficia de estabelecimentos de diferentes tipologias e dimensões, restaurantes de elevada qualidade gastronómica e de 1 Pinho, António Homem de Albuquerque, Albergaria-a-Velha - Oito Séculos do Passado ao Futuro, 2.ª Edição, Reviver 2 Marques, Maria Alegria F. (Coord.), A Carta do Couto de Osseloa (1117), Albergaria-a-Velha, Câmara Municipal de Albergaria-aVelha - Reviver Editora, 2005, p. 41 3 Herculano, Alexandre, História de Portugal, 9.a Edição, Tomo II, Livro I, pp. 71-72, nota 2 Enquadramento Geográfico e Demográfico