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62 | II Série A - Número: 096 | 12 de Janeiro de 2012

ser feita com uma visão estratégica nacional. Referiu o cenário difícil e o contexto de emergência e de contenção de custos, bem como o facto de o PET ter sido elaborado nesse cenário, tendo de corresponder à situação imediata, razão pela qual tem por horizonte a legislatura. Referindo-se à linha do Vouga, referiu a vontade que há por parte dos representantes das populações locais em acarinhar esta linha, bem como o facto de esta linha ter um interesse turístico de relevo. Em sua opinião, para além do interesse no desenvolvimento económico e social da zona, não pode descartar-se o interesse turístico que existe, havendo investidores privados interessados, e considerou que tal não pode ser ignorado e devem ponderar-se todas as soluções.
Pelo Sr. Deputado Jorge Machado, do PCP, foi referido que o seu partido não encontra razão para o encerramento de 800 km de linha férrea, tal como previsto no PET. Realçou também a disposição de todos os grupos parlamentares para a resolução deste problema, para salvar uma linha que é importante para o distrito e o País. Questionou também o que ganha o País com a exploração da linha pelos privados. Se há lucros e dividendos para tirar desta linha, por que razão há de ser entregue ao setor privado? Defendeu que, tendo feito o investimento na linha, deve ser o Estado a explorá-la para tirar os lucros, sendo fundamental manter o carácter público da exploração.
A Sr.ª Deputada Paula Cardoso, do PSD, referiu as características do troço Águeda/Aveiro, que são diferentes da restante linha, porque não tem alternativa rodoviária. Realçou também a utilização que é feita da linha por trabalhadores e estudantes e a importância que o reajuste do horário teve na sua dinamização.
Concluiu, afirmando que acredita que o Governo está aberto a repensar a sustentabilidade e utilidade desta linha, pois a mesma não é inviável, insustentável ou desnecessária.
Tornou a usar da palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral, do CDS-PP, para esclarecer que os interesses privados que tinha referido na sua intervenção anterior são portugueses e do próprio distrito de Aveiro. Afirmou ainda que o seu grupo parlamentar estava ainda a ponderar se iria subscrever o projeto de resolução do PSD ou se iria apresentar o seu próprio projeto de resolução sobre a matéria.
Pelo Sr. Deputado Paulo Cavaleiro, do PSD, foi afirmado que criticar o PET é fácil, mas os anteriores governos tiveram muito tempo para apresentar um documento e não o fizeram. Defendeu que é sempre possível aprofundar os assuntos, discutindo-os com as pessoas e ponderando outras alternativas. Concluiu, afirmando que o seu partido acredita numa solução sustentável para este processo.
Tornou a usar da palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, do BE, para esclarecer que quando se fala no turismo nesta linha se refere a parte sul da linha, a que teve o aumento de passageiros em 30%, mas mais sentido faria que se falasse na parte norte da linha (Águeda/Viseu), que tem um património turístico interessantíssimo. Concordou com a Deputada Paula Cardoso quanto à questão de não existir alternativa rodoviária, em especial na parte sul da linha, apesar de se tratar de uma linha que passa em centros populacionais importantes. Em sua opinião, o PSD deveria ter mais ambição do que exigir apenas a realização de um estudo, pois o que as populações exigem é que entretanto a linha não seja encerrada.
Usou ainda da palavra a Sr.ª Deputada Ana Paula Vitorino, do PS, para esclarecer que os interesses privados de que tinha conhecimento tinham a ver não com operadores de transportes mas, sim, com empregadores daquela área, de empresários que estavam disponíveis para participar numa solução, em colaboração com a CP.
O Sr. Deputado Hélder Amaral, do CDS-PP, interveio ainda para aclarar que quando tinha referido a perspetiva turística pretendia acrescer asse argumento aos já aduzidos pelos outros grupos parlamentares em favor da linha do Vouga, pois em seu entender é um erro não se pensar na linha como um todo, de forma sistémica, global. Em sua opinião, o projeto de resolução do PSD deve ter a perspetiva de o Estado ser parceiro dos privados e das autarquias para encontrar uma solução para esta linha, que tem potencial económico.
De novo no uso da palavra, o Sr. Deputado Jorge Machado, do PCP, arguiu que o CDS-PP apenas tinha referido que havia interesses privados na linha do Vouga e que as declarações da Deputada Ana Paula Vitorino traziam à discussão dados novos, mas, mesmo assim, via com alguma dificuldade que um privado entre na exploração da linha com intuitos beneméritos. Concluiu que, depois de a CP e a REFER terem feito