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56 | II Série A - Número: 152S1 | 30 de Março de 2012

I.1. Evolução Recente Em 2011, assistiu-se a uma desaceleração da economia mundial, tendo sido mais acentuada para as economias avançadas, com destaque para o abrandamento do crescimento dos EUA para 1,7% (3% em 2010), uma quebra do PIB do Japão (associado aos efeitos do terramoto de março) e um crescimento mais moderado da União Europeia, com evoluções muitas distintas entre os estados-membros. As economias emergentes também desaceleraram, apesar dos países asiáticos terem continuado a registar um elevado dinamismo. Refletindo o menor crescimento da economia mundial, o comércio de bens e serviços abrandou para 6,9%, em volume (12,7% em 2010), mantendo-se, no entanto, acima do valor médio registado na década de 2000. O nível de incerteza do enquadramento internacional tornou-se particularmente elevado na segunda metade de 2011, tendo aumentado os riscos no sentido descendente do ritmo de crescimento mundial, associado, no caso dos EUA, à persistência de elevados desequilíbrios macroeconómicos (défices público e externo) e à fragilidade do mercado de habitação. Adicionalmente, assistiu-se a um recrudescimento intenso da crise das dívidas soberanas em alguns países periféricos da área do euro, tendo aumentado no período mais recente os riscos de contágio para os restantes países da área do euro que se repercutiram na forte instabilidade dos mercados financeiros internacionais e na diminuição da confiança dos agentes económicos. Em Portugal, o PIB diminuiu 1,6%, em 2011, em termos reais, (crescimento de 1,4% em 2010). A quebra de 6,2 p.p. na procura interna foi o fator que mais contribuiu para esta evolução do PIB, não compensada pelo forte contributo positivo da procura externa líquida (4,6 p.p.). Quadro I.1.1. PIB e Componentes da Despesa (variação homóloga real, em %)

Fonte: INE. Em 2011 assistiu-se a um crescimento real das exportações totais de 7,4% (ligeiramente abaixo do 8,8% do ano anterior). As importações totais reduziram-se 5,5% (tinham aumentado 5,4% em 2010), com destaque a para a redução de -12,6 p.p. na importação de bens. Este movimento traduziu-se num contributo positivo da procura externa líquida para o crescimento real do PIB em 4,6 p.p. (0,5 p.p. no ano anterior). Deste modo, assistiu-se a uma diminuição das necessidades de financiamento da economia de 8,3% do PIB em 2010 para 5,1% em 2011. Apenas a balança de rendimentos teve pior saldo em 2011 comparando com o ano anterior. I II III IV I II III IV
P I B 1 . 4 -1 . 6 1 . 7 1 . 7 1 . 3 1 . 0 -0 . 6 -1 . 1 -1 . 9 -2 . 8
Co n s u m o P r i v a d o 2 . 1 -3 . 9 2 . 5 3 . 1 1 . 8 1 . 2 -2 . 3 -3 . 3 -3 . 4 -6 . 6
Co n s u m o P ú b l i c o 0 . 9 -3 . 9 0 . 7 4 . 1 -2 . 6 1 . 5 -3 . 8 -4 . 5 -1 . 4 -5 . 7
I n v e s t i m e n t o ( FB CF) -4 . 1 -1 1 . 4 -1 . 3 -4 . 5 -6 . 9 -3 . 7 -7 . 1 -1 0 . 5 -1 2 . 1 -1 6 . 1
E x p o r t a ç õ e s d e B e n s e Se r v i ç o s 8 . 8 7 . 4 9 . 5 9 . 6 8 . 4 7 . 7 8 . 4 8 . 8 6 . 7 5 . 8
I m p o r t a ç õ e s d e B e n s e Se r v i ç o s 5 . 4 -5 . 5 6 . 8 9 . 8 1 . 3 4 . 1 -1 . 1 -4 . 3 -2 . 7 -1 3 . 5
2010 2011 2010 2011
II SÉRIE-A — NÚMERO 152
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