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57 | II Série A - Número: 152S1 | 30 de Março de 2012

ALTERAÇÃO AO OE2012 Economia Portuguesa: Evolução Recente e Perspetivas para 2012 2 A variação média anual do Índice de Preços no Consumidor em 2011 atingiu os 3,7%, um acréscimo de 2,3 p.p. face a 2010. O aumento no nível dos preços refletiu em grande parte as subidas no preço do petróleo e o aumento do IVA e dos preços administrativos. A inflação subjacente (excluindo bens alimentares não transformados e energéticos) situou-se nos 2,3%, 2,1 p.p. acima da de 2010.
No mercado de trabalho manteve-se a tendência de degradação que se vinha verificando em anos anteriores, quer ao nível do emprego quer do desemprego. Assim, em 2011, a taxa de desemprego situou-se nos 12,7%, com aproximadamente 706 mil desempregados.
O índice do custo do trabalho em Portugal registou uma quebra homóloga de 0,3% em 2011 (crescimento de 1,3% em 2010) sugerindo um ajustamento dos salários em termos nominais. I.2. Perspetivas para 2012 Para 2012, perspetiva-se a continuação da desaceleração do crescimento económico mundial, devendo o PIB aumentar para 3,3% (5,2% e 3,8%, em 2010 e 2011, respetivamente) acompanhado por um crescimento menor das trocas comerciais. O crescimento do conjunto das economias emergentes e em desenvolvimento deve apresentar uma desaceleração mais significativa devido ao abrandamento pronunciado dos países do centro e leste da Europa; pelo contrário os países asiáticos (China e Índia) deverão manter um crescimento robusto, em torno de 7,3% em 2012 (9,5% e 7,9%, em 2010 e 2011, respetivamente). De acordo com as previsões das principais organizações internacionais espera-se que a União Europeia venha a registar uma recessão moderada, influenciada, em parte, pelo abrandamento do crescimento da procura externa, com destaque para uma quebra do PIB em Itália, Espanha e Países Baixos, para além dos países mais periféricos da área do euro, os quais se vão manter em recessão em 2012, sendo o resultado de um processo de forte reajustamento estrutural das suas economias e de desalavancagem do sector bancário. Face à estimativa apresentada em outubro, no Relatório do OE2012, prevê-se uma desaceleração mais acentuada da procura externa relevante para Portugal. Antecipa-se, igualmente, (i) o aumento do preço do petróleo, (ii) a apreciação do euro face ao dólar e (iii) o aumento da taxa de inflação, em linha com o aumento dos preços das matérias-primas e do petróleo e dos preços administrados. O quadro abaixo, resume as hipóteses externas subjacentes ao cenário macroeconómico.
Quadro I.2.1. Enquadramento Internacional – Principais Hipóteses (atuais e diferenças face a outubro de 2011)

Legenda: (p) previsão. (a) Euribor a 3 meses; (b) Obrigações do Tesouro a 10 anos.
Fontes: Ministério das Finanças, CE, FMI e OCDE. O atual cenário macroeconómico aponta para uma quebra do PIB de 3,3% em 2012, associada a uma forte redução da procura interna a qual é atenuada pelo contributo positivo esperado da procura externa líquida.
C r e s c i m e n t o d a p r o c u r a e x t e r n a r e l e v a n t e ( % ) MF 7 . 9 5 . 1 2 . 1 5 . 4 4 . 8 - 0 . 3 - 2 . 7
P r e ç o d o p e t r ó l e o B r e n t ( U S $ / b b l ) N Y M E X 8 0 . 2 1 1 0 . 8 1 1 9 . 5 1 1 1 . 7 1 0 8 . 6 - 0 . 9 1 0 . 9
T a x a d e j u r o d e c u r t o p r a z o ( m é d i a a n u a l , % ) ( a ) B d P 0 . 8 1 . 4 1 . 1 1 . 3 1 . 0 0 . 1 0 . 1
T a x a d e j u r o d e l o n g o p r a z o ( m é d i a a n u a l , % ) ( b ) P A E F 5 . 3 6 . 4 5 . 0 6 . 4 5 . 0 0 . 0 0 . 0
T a x a d e c â m b i o d o E U R / U S D ( m é d i a a n u a l ) B C E 1 . 3 3 1 . 3 9 1 . 3 3 1 . 4 0 1 . 3 9 - 0 . 0 1 - 0 . 0 6
F o n t e 2010 2011 ( p ) 2011 ( p ) 2012 ( p )
A tu a l O u t- 1 1 D i fe r e n c i a l (p . p . )
2011 ( p ) 2012 ( p )2012 ( p )