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As atuais projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam para um

abrandamento do crescimento da economia mundial em 2012, e para um reforço gradual

do crescimento a partir de 2013. Estas previsões traduzem uma revisão em baixa das

previsões apresentadas por esta instituição em abril deste ano. Uma das razões para a

revisão em baixa das perspetivas macroeconómicas prende-se com a intensificação da

crise da dívida soberana na área do euro e o seu alastramento a um conjunto alargado de

economias (em particular, Espanha e Itália) com impacto significativo nos custos de

financiamento e nos níveis de confiança.

Assim, as perspetivas para o conjunto dos anos 2012 e 2013 apontam para uma

desaceleração do crescimento económico mundial, devendo as economias avançadas

continuar a expandir-se a taxas moderadas (1,7%, em termos médios). Os países

emergentes e em desenvolvimento deverão manter um crescimento robusto (5,8%, em

termos médios), embora em desaceleração, como sucede com os países asiáticos (China

e Índia), a América Latina e a Rússia. De entre as principais economias avançadas,

prevê-se uma expansão moderada dos EUA, uma recuperação do Japão (associada ao

esforço de reconstrução na sequência do terramoto do início de 2011) e uma quase

estagnação da União Europeia com evoluções muito distintas entre os Estados membros

(mais forte na Polónia e nos países bálticos e mais fraco na Grécia). A economia da área

do euro deve mesmo apresentar uma moderada contração em 2012, com destaque para

uma quebra do PIB em economias avançadas como sejam Itália, Espanha e Países

Baixos e um fraco crescimento na Alemanha e em França, seguida de uma ligeira

recuperação em 2013.

Neste enquadramento, prevê-se para o próximo ano uma recuperação da procura externa

relevante1 para Portugal e a manutenção das taxas de juro de curto prazo num nível

historicamente baixo. Antecipa-se, igualmente, uma diminuição do preço do petróleo e

uma depreciação do euro face ao dólar.

1 Procura externa relevante: cálculo efetuado pelo Ministério das Finanças com base nas previsões do crescimento real das importações dos principais parceiros comerciais, ponderadas pelo peso que esses países representam nas exportações de Portugal.

II SÉRIE-A — NÚMERO 45________________________________________________________________________________________________________________

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