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128 | II Série A - Número: 011S2 | 15 de Outubro de 2013

No que concerne às restantes previsões para 2014 os valores foram indicados pelos organismos que gerem estes fundos, IGFSE, IFDR e IFAP.

III.3. Ativos e Passivos do Estado III.3.1. Dívida Direta do Estado A dívida direta do subsector Estado, apurada numa ótica de contabilidade pública, deverá fixar-se em 207,8 mil milhões de euros no final de 2013, o que representará um aumento de 13,3 mil milhões em relação ao verificado em 2012. Este acréscimo é justificado, em primeiro lugar, pelo défice orçamental, com um contributo de 8,9 mil milhões de euros, mas também pela aquisição líquida de ativos financeiros, que ascenderam a cerca de 5,8 mil milhões de euros, incluindo as necessidades cobertas no âmbito da iniciativa de reforço da estabilidade financeira. As receitas de privatização, no valor de aproximadamente 1,3 mil milhões de euros, contribuíram para limitar o aumento da dívida em 2013.
À semelhança do ocorrido nos dois últimos anos, a principal fonte de financiamento líquido da República em 2013 correspondeu aos empréstimos obtidos no âmbito do Programa de Ajustamento Económico, traduzindo-se num peso relativo estimado de 35,2% na composição do stock da dívida no final de 2013, um valor ligeiramente superior ao verificado em 2012 (32,4%).
Os instrumentos de curto prazo, também viram a sua importância aumentar no saldo da dívida, impulsionados pelos bilhetes do tesouro (BT) cuja proporção no stock deverá crescer de 9,1 para 9,7 por cento. A partir de meados de 2012 as condições de financiamento da República apresentaram uma melhoria significativa, permitindo o regresso a emissões de mercado de dívida de médio e longo prazo. Em 2013, as emissões de OT deverão fixar-se em 5,4 mil milhões de euros, um aumento de 1,9 mil milhões face ao ano anterior, o que aliado à diminuição das amortizações, contribuiu para a redução das emissões líquidas negativas de OT de 10,6 mil milhões de euros em 2012 para 0,7 mil milhões em 2013. Ainda assim, e à semelhança do observado nos últimos anos, as obrigações do Tesouro (OT) viram a sua representatividade no stock de dívida diminuir, estimando-se que, no final de 2013, este instrumento apresente um peso de 44,8%, o que compara com 48,1% em 2012. Em setembro de 2012 foram alteradas as condições de remuneração dos certificados de aforro (CA), tendo-se assistido, desde essa data, a uma aceleração no ritmo de subscrições e um abrandamento dos reembolsos. Assim estima-se que as subscrições líquidas de CA se fixem em mais de 200 milhões de euros em 2013, o que compara com uma subscrição líquida negativa de mais de 1,7 mil milhões em 2012. Contudo, o peso relativo do conjunto dos instrumentos a retalho, constituídos pelos CA e certificados do Tesouro (CT), deverá diminuir ligeiramente em 2013, passando de 5,7 para 5,5%, o que se justifica pelo aumento do peso de outros instrumentos na composição da dívida.
A proporção de dívida denominada em moedas não euro30 apresentará igualmente uma diminuição, ainda que marginal, representando apenas 0,76% do saldo em dívida no final de 2013, face a 0,84% em 2012. De notar que a estimativa do saldo de empréstimos obtidos ao abrigo do Programa de Ajustamento inclui cerca de 24,5 mil milhões de dívida denominada em DSE, mais 3,1 mil milhões do que no final do 30 Exclui os empréstimos do FMI no âmbito do Programa de Ajustamento e que se encontram denominados em SDR (cabaz composto por USD, EUR, GBP, e JPY).